Os restos mortais do frei Maiato foram esta Quinta-feira a enterrar no cemitério dos Capuchinhos em Camabatela.
O frade capuchinho faleceu há uma semana em Portugal onde se encontrava para participar da tradicional peregrinação ao santuário de Nossa Senhora de Fátima.
A igreja paroquial de São Francisco de Assis, acolheu a missa de corpo presente pela alma do Frei capuchinho Benjamim Maiato.
Dom Almeida Kanda, bispo local presidiu a celebração, concelebrada pelo bispo do Uíge Dom Emílio Sumbelelo, Dom Vicente Carlos Kiazico, bispo de Mbanza Congo, do seu emérito Dom Chingo ya Hombo, o ministro custodio dos frades capuchinhos em Angola Frei Afonso Nteka e vários sacerdotes e religiosos vindo de várias dioceses de Angola.
Dom Almeida Kanda na sua homilia disse que o Frei Maiato foi um homem simples, forte e com uma vida carregada de méritos e virtudes, dimensões que lhe conferiram uma vivência bem-aventurada.
“Frei Benjamim Maiato foi um grande confessor e director espiritual muito dedicado, era conhecido pela sua santidade, ardor pela pregação do evangelho e pelo gosto em acolher as pessoas que o procuravam na direcção espiritual para dissipar as suas dúvidas e alimentar a sua vida espiritual”, e adiantou ainda esperar que o exemplo do Frei Benjamim Maiato estimule os novos sacerdotes para trabalharem com mais ardor.
“Encontramos nesse texto de evangelho de bem-aventuranças a síntese da vida do nosso irmão e a identidade espelhada no rosto do seu testemunho sacerdotal. Os 52 anos de vida sacerdotal foram uma longa vida dada a igreja de Angola e sobretudo a nossa província do Cuanza Norte sempre na vanguarda da missão como protagonista do novo ardor missionário”.
O prelado na sua oração homiletica disse ainda que a morte não deve levar os cristãos ao desânimo, mas deve servir para fortalecer a fé para que todos possam ressuscitar com Jesus Cristo, pois, é o preço da glorificação e o reino das boas aventuranças.
Frei Maiato, foi o primeiro angolano a ingressar na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que lhe atribuiu o nome Benjamim, que significa “o filho da felicidade”, em hebraico.
Presentes ainda na cerimonia o governador do Kuanza Norte, José Maria Ferraz dos Santos, o Juiz presidente do Tribunal de Contas, Julião António, deputados a Assembleia Nacional pelo círculo provincial, a além de amigos, familiares e fieis de diversas paróquias do país.