O Papa abordou este Sábado o 'desenvolvimento humano integral', numa audiência com 300 elementos da Fundação 'Centesimus Annus', no Vaticano.
Na sua intervenção, Francisco frisou que "promover o desenvolvimento humano integral requer diálogo e envolvimento nas necessidades e aspirações das pessoas".
O Papa argentino recordou também aos presentes a importância de "escutar os pobres e responder a situações concretas".
"Isto implica animar as comunidades e a suas relações com o mundo dos negócios; criar meios para unir recursos e pessoas, onde os pobres sejam protagonistas e beneficiários", sustentou.
Os membros da Fundação 'Centesimus Annus' reuniram em Roma para abordar aquilo que consideram como "as verdadeiras emergências planetárias", nomeadamente ao nível da pobreza às desigualdades sociais.
"A vossa fundação oferece uma preciosa contribuição ao levar em conta as actividades comerciais e financeiras, à luz da rica tradição da Doutrina Social da Igreja e de uma busca inteligente de alternativas construtivas", apontou o Papa argentino.
Francisco destacou ainda o contributo daquele organismo para a afirmação de modelos de crescimento económico centrados na dignidade, liberdade e criatividade, características constitutivas da pessoa humana”.
Uma obra que permite contrariar uma lógica cultural que privilegia o "esbanjamento" de recursos e a propagação de "estilos de vida que ignoram os pobres e desprezam os frágeis".
Que a Fundação tenha "coragem" para prosseguir a sua missão, exortou o Papa, citando o lema daquele organismo para este ano: “a luta contra a pobreza exige uma compreensão melhor como fenómeno humano e não meramente económico".
Criada por São João Paulo II em 1993, a Fundação ‘Centesimus Annus’ é conduzida por um conselho formado por nove leigos que reporta ao presidente da Administração do Património Apostólico da Santa Sé (APSA), actualmente o cardeal Domenico Calcagno.