A conclusão é do Arcebispo Emérito do Lubango, numa altura em Angola está à beira de realizar as terceiras eleições desde a independência a 11 de Novembro de 1975.
"A democracia em si mesmo não está ainda enraizada nas nossas mentalidades, sobretudo nas nossas mentalidades africanas" - afirmou Dom Zacarias Kamuenho.
Uma herança "cujos raios ainda se notam", segundo o Prelado.
"Nós vimos o que os nossos governos tradicionais tiveram como herança e esses raios ainda se notam um bocadinho" - disse.
Por isso, acautelou - quando em certos países os que governam propõe os seus parentes para os substituírem, não faz mal, o importante é que não percamos de vista que estamos num mundo novo e, portanto, a nossa mentalidade também tem que mudar".
Dom Zacarias Kamuenho apelou aos angolanos para afluírem às urnas em massa no pleito de 31 de Agosto.
O Prelado católico rogou confiança no processo, pedindo oração aos eleitores angolanos para o êxito do escrutínio.
"Nas últimas eleições tudo correu bem porque rezamos, porque todos nos pusemos a trabalhar, tanto nós Igreja como as instituições do Estado nos pusemos a trabalhar" - lembrou.
Dom Zacarias Kamuenho é o primeiro angolano a vencer o prémio Sakharov de liberdade de pensamento e expressão do Parlamento Europeu( repartido em 2001 com a israelita Nurit Peled-Elhanan)
Depois de quase três décadas de guerra civil, os angolanos despertaram, em 1999, para uma nova consciência a favor da paz e dos direitos humanos, encorajada por dirigentes da Igreja e por diversas organizações.
O objectivo era o caminho para a reconciliação nacional num país devastado pelo conflito armado.
De acordo com o jornal O Apostolado, os esforços de paz, encontrou-se Dom Zacarias Kamuenho, Arcebispo de Lubango, cuja voz firme, imparcial e persistente se fez ouvir junto de todas as partes em conflito, perseguindo o objectivo de uma paz duradoura pela via do diálogo.
As conversações de paz ficaram a dever-se à campanha dirigida pelo arcebispo angolano que, entre outros, lutou pela instauração da democracia, do respeito pelas liberdades fundamentais, de um Estado de direito e de uma reconciliação nacional duradoura.
Nascido em Chibumdo (Huambo, Angola) em 1934, foi ordenado padre em 1961, bispo em 1974 e Arcebispo de Lubango em 1995.
Em Julho de 2011, celebrou 50 anos de sacerdócio.
Continua activo, através do Comité Inter-Eclesial para a Paz em Angola (COIEPA) e permanece um dos símbolos da população angolana na luta pela paz, liberdade e justiça.
"A democracia em si mesmo não está ainda enraizada nas nossas mentalidades, sobretudo nas nossas mentalidades africanas" - afirmou Dom Zacarias Kamuenho.
Uma herança "cujos raios ainda se notam", segundo o Prelado.
"Nós vimos o que os nossos governos tradicionais tiveram como herança e esses raios ainda se notam um bocadinho" - disse.
Por isso, acautelou - quando em certos países os que governam propõe os seus parentes para os substituírem, não faz mal, o importante é que não percamos de vista que estamos num mundo novo e, portanto, a nossa mentalidade também tem que mudar".
Dom Zacarias Kamuenho apelou aos angolanos para afluírem às urnas em massa no pleito de 31 de Agosto.
O Prelado católico rogou confiança no processo, pedindo oração aos eleitores angolanos para o êxito do escrutínio.
"Nas últimas eleições tudo correu bem porque rezamos, porque todos nos pusemos a trabalhar, tanto nós Igreja como as instituições do Estado nos pusemos a trabalhar" - lembrou.
Dom Zacarias Kamuenho é o primeiro angolano a vencer o prémio Sakharov de liberdade de pensamento e expressão do Parlamento Europeu( repartido em 2001 com a israelita Nurit Peled-Elhanan)
Depois de quase três décadas de guerra civil, os angolanos despertaram, em 1999, para uma nova consciência a favor da paz e dos direitos humanos, encorajada por dirigentes da Igreja e por diversas organizações.
O objectivo era o caminho para a reconciliação nacional num país devastado pelo conflito armado.
De acordo com o jornal O Apostolado, os esforços de paz, encontrou-se Dom Zacarias Kamuenho, Arcebispo de Lubango, cuja voz firme, imparcial e persistente se fez ouvir junto de todas as partes em conflito, perseguindo o objectivo de uma paz duradoura pela via do diálogo.
As conversações de paz ficaram a dever-se à campanha dirigida pelo arcebispo angolano que, entre outros, lutou pela instauração da democracia, do respeito pelas liberdades fundamentais, de um Estado de direito e de uma reconciliação nacional duradoura.
Nascido em Chibumdo (Huambo, Angola) em 1934, foi ordenado padre em 1961, bispo em 1974 e Arcebispo de Lubango em 1995.
Em Julho de 2011, celebrou 50 anos de sacerdócio.
Continua activo, através do Comité Inter-Eclesial para a Paz em Angola (COIEPA) e permanece um dos símbolos da população angolana na luta pela paz, liberdade e justiça.