A
segunda assembleia dos bispos vai já no terceiro dia de trabalhos. Nesta
Quarta-feira, o Papa disse aos participantes no sínodo que o colonialismo
terminado no plano político nunca foi terminado completamente.
De
acordo com o Santo Padre, fundamentalismo religioso é outro vírus que poderia
atingir o continente africano.
Papa Bento XVI durante a eucaristia de abertura do terceiro dia
dos trabalhos do sínodo dos bispos de África que decorre em Roma.
Recordamos
que nesta Quarta-feira, terminou a sexta congregação geral da II Assembleia
Especial do sínodo dos bispos para africa que abriu no último domingo em Roma.
Dom
Gabriel Mbilingue foi eleito relator do grupo que fala Português e Dom
Damasceno Assis, do Brasil foi escolhido para ser o moderador.
Na
manhã desta Quarta-feira, os trabalhos centraram-se nos avanços e retrocessos
da primeira Assembleia sinodal ocorrida em 1994, bem como os aspectos salientes
e os não abordados no instrumento de trabalho do sínodo deste ano.
No período da tarde, os congressistas
participaram da quinta Congregação Geral presidida pelo Cardeal Théodor-Adrien
Saar, Arcebispo de Dakar, com a presença do Papa Bento XVI. Durante o encontro,
usaram da palavra 15 delegados que falaram da influência e do necessário
diálogo com o Islão e com a Religião tradicional.
Outro tema abordado tem a ver com a
necessidade de um maior testemunho de fé dos católicos que se encontram nas
estruturas de poder dos Estados e não vivem os valores do Evangelho nem os
difundem nas suas decisões.
Os participantes no debate também falaram
da necessidade de mais coragem na defesa da fé e na interpelação da consciência
dos dirigentes; bem como da melhoria da língua e da linguagem nas expressões da
fé, sobretudo nos sacramentos, tomando à sério a questão da inculturação.
A educação para uma cultura de paz e reconciliação
por via da utilização de meios disponíveis para a expansão do Evangelho e da
Doutrina Social da Igreja foi outro tema abordado na quinta congregação geral
cujos debates terminaram por volta das 19 horas de Quarta-feira.
Entre os bispos angolanos usaram da
palavra, na Congregação Geral, Dom Emílio Sumbelelo, Bispo do Uije; e Dom José
Nambi, Bispo do Kuito.