O Papa Francisco chegou esta Segunda-feira a Rangum, tornando-se o primeiro pontífice a visitar o Mianmar, na sua 21ª viagem internacional.
Após 8584 quilómetros e mais de 10 horas de voo, Francisco foi recebido no aeroporto internacional da capital da antiga Birmânia por um ministro-delegado do presidente, juntamente com todos os bispos da Conferência Episcopal.
Várias crianças das paróquias da cidade e dos arredores ofereceram flores ao Papa, num acolhimento em que não foram proferidos discursos.
A cerimónia oficial de boas-vindas está marcada para esta terça-feira, no palácio presidencial, em Nay Pyi Taw.
O Papa seguiu directamente para a sede da arquidiocese, que fica na parte centro-oriental da cidade, num percurso de 18 quilómetros; segundo a Rádio Vaticano, no trajecto, percorrido em carro fechado, Francisco pôde acenar aos moradores reunidos em oito pontos organizados.
No tradicional telegrama enviado ao presidente da Itália, ao deixar o país, o Papa referiu que partia como “peregrino da paz, para encorajar as pequenas mas fervorosas comunidade católicas e encontrar-se com os crentes de várias religiões”.
Ao longo do voo foram enviadas mensagens aos chefes de Estado da Croácia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro, Sérvia, Bulgária, Turquia, Geórgia, Azerbaijão, Turquemenistão, Afeganistão, Paquistão e Índia, à medida que estas nações eram sobrevoadas.
Até 2 de Dezembro, Francisco é o primeiro Papa a visitar a antiga Birmânia, país de maioria budista, e o segundo no vizinho Bangladesh, de maioria muçulmana.
Os dois países estão no centro de uma crise humana por causa da fuga da minoria rohingya.
Neste regresso à Ásia, quase três anos depois, o Papa vai percorrer mais de 17 mil quilómetros, numa agenda que inclui encontros com a antiga Prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, responsáveis políticos, líderes católicos e com o Conselho Supremo dos Monges Budistas de Mianmar.
No Bangladesh, o Papa Francisco vai visitar o memorial nacional aos mártires de Savar, falando a autoridades políticas e religiosas.
O programa inclui um momento inter-religioso de oração pela paz.