13 de Março de 2013. Saiu fumo branco da chaminé na Praça de São Pedro. Os cardeais elegeram o primeiro Papa não-europeu (o próprio achou que veio “quase do fim do mundo”), e Jorge Mário Bergoglio escolheu ser o primeiro Papa Francisco. Um papa atento às periferias da geografia social e política, de palavras duras contra a “ditadura subtil” do capitalismo e de gestos simples e contínuos em favor dos mais vulneráveis. Veja o filme dos últimos cinco anos.
O argentino Jorge Mário Bergoglio, agora com 81 anos, está no Vaticano há cinco anos. Poucos minutos depois da eleição do primeiro papa latino-americano, a 13 de Março de 2013, já havia sinais de que este papa vindo de "outro fim do mundo", como o próprio declarou na altura, parecia ser diferente dos seus predecessores.
A mensagem do papa Francisco é simultaneamente política e pastoral. No muro de Belém, rezou pela paz entre Israel e a Palestina. Também defendeu o fim da "era do gelo político" entre Cuba e os Estados Unidos. E recebeu refugiados no Vaticano.
Embora o muro entre o México e os EUA continue a crescer, Francisco já conseguiu quebrar barreiras na Colômbia e em Cuba, através da mediação entre as partes em conflito. A sua visita à República Centro-Africana em 2015 também contribuiu para o cessar-fogo e para a realização de eleições livres.
Dentro da Igreja Católica também parece haver sinais de mudança. O papa nomeou novos cardeais da América Latina, de África e da Ásia e deu mais poder de decisão às conferências nacionais e regionais de bispos.
A maioria dos 49 cardeais nomeados por Francisco vem de países emergentes e em desenvolvimento, que até aqui tinham recebido pouca atenção no Vaticano. Aumenta, assim, a possibilidade de na próxima eleição papal o comité de cardeais - formado por 117 membros - escolher pela primeira vez um papa africano.
O membro mais jovem do comité é Dieudonné Nzapalainga, de 50 anos, arcebispo de Bangui, capital da República Centro-Africana.