O Papa Francisco manifestou este Domingo na recitação do Angelus, a sua “dor” pelas notícias das “tragédias” de mortes de imigrantes no Mar Mediterrâneo, ao longo das últimas semanas, pedindo a intervenção urgente dos responsáveis internacionais.
“Dirijo um forte apelo, para que a comunidade internacional atue com determinação e rapidez, a fim de evitar que estas tragédias se repitam, garantindo a segurança e o respeito pelos direitos e a dignidade de todos”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.
Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, no Vaticano, o pelos desaparecidos e suas famílias.
“Nas últimas semanas, chegaram notícias dramáticas de naufrágios de navios cheios de imigrantes, nas águas do Mediterrâneo. Manifesto a minha dor diante de tais tragédias”, observou.
Em junho, pelo menos 629 pessoas perderam a vida tentando chegar à Europa pelo Mar Mediterrâneo, o número mais alto desde novembro de 2016, segundo dados da ONU.
Já a Cruz Vermelha refere que mais de 16 mil pessoas perderam a vida desde 2014, ao tentar entrar na Europa; a principal rota é a do Mediterrâneo Central, através Líbia e Tunísia, procurando o desembarque na Itália.
Na sua tradicional reflexão dominical, o Papa sublinhou a necessidade de viver a fé cristã “no amor a Deus e ao próximo”.
“Jesus fez-se dom para os outros, tornando-se assim modelo de amor e de serviço para cada um de nós”.
Francisco rezou, por intercessão da Virgem Maria, para que todos saibam assumir “os problemas, os sofrimentos e as dificuldades” do seu próximo, através de uma atitude de “partilha e de serviço”.