A Sala Paulo VI acolheu cerca de sete mil peregrinos para a Audiência Geral desta quarta-feira.
Dando continuidade às catequeses sobre os Dez mandamentos, o Papa comentou o segundo: “não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão”.
Trata-se de um convite a não ofender o nome de Deus e evitar um uso inoportuno, superficial, vazio ou hipócrita.
Na Bíblia, o nome representa a verdade íntima das coisas e, sobretudo, das pessoas. Alguns personagens bíblicos recebem um novo nome ao serem chamados por Deus para realizar uma missão, como Abraão e Simão Pedro.
Em concreto, conhecer o nome de Deus significa experimentar a transformação da própria vida: pensemos no Batismo, onde recebemos uma vida nova, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.
O Pontífice então deu uma “tarefa” aos adultos: que ensinem as crianças a fazer bem o sinal da cruz. “É o primeiro ato de fé de uma criança”, reiterou.
Todavia, advertiu o Papa, é possível viver uma relação falsa com Deus, como faziam os doutores da lei. Portanto, esta Palavra do Decálogo é justamente o convite a uma relação com Deus sem hipocrisias, a uma relação na qual entregamos a Ele tudo aquilo que somos.
É preciso deixar de lado a teoria e tocar o coração, como fazem os santos e as pessoas que dão um testemunho de vida coerente. Assim, o anúncio da Igreja será mais ouvido e resultará mais crível.
“ Cristo em nós e nós Nele. Unidos. Isso não é hipocrisia, é verdade. Isso não é rezar como um papagaio, é rezar com o coração, amar o Senhor. ”
A partir da cruz de Cristo, prosseguiu, ninguém pode desprezar si mesmo e pensar mal da própria existência. “Ninguém e nunca! Porque o nome de cada um de nós está sobre os ombros de Cristo.”
Francisco então concluiu: “Qualquer pessoa pode invocar o santo nome do Senhor, que é Amor fiel e misericordioso, em qualquer situação se encontre. Deus jamais dirá ‘não’ a um coração que O invoca sinceramente”.
Ao final da Audiência, ao saudar os peregrinos de língua italiana, o Papa manifestou sua solidariedade aos familiares dos excursionistas que perderam a vida numa enchente na região da Calábria nos dias passados.
O Pontífice pediu ainda orações para sua próxima viagem, nos dias 25 e 26 de Agosto, a Dublin, na Irlanda, para o Encontro Mundial das Famílias. “Que seja um momento de graça e de escuta da voz das famílias cristãs de todo o mundo.”