O Senhor nos convida continuamente a fugir do perigo de “dar mais importância à forma do que à substância”, e a reconhecer que o amor a Deus e ao próximo é o verdadeiro centro da experiência da fé, que deve ser purificada “da hipocrisia do legalismo e do ritualismo”.
Um alerta para o comportamento hipócrita: em síntese, este foi o teor da alocução do Santo Padre, antes de rezar o Angelus neste XXII Domingo do Tempo Comum.
Dirigindo-se aos milhares de peregrinos e turistas presentes na Praça São Pedro, o Pontífice disse que este tema tratado no Evangelho de Marcos na liturgia deste domingo, é “importante para todos nós crentes: a autenticidade de nossa obediência à Palavra de Deus, contra toda contaminação mundana ou formalismo legalista”.
“Na realidade – afirmou Francisco - um homem, uma mulher, que vive na vaidade, na avareza, na soberba e ao mesmo tempo acredita e se mostra como religioso e até mesmo chega a condenar os outros, é um hipócrita”. E as palavras de Jesus para este “adjetivo”, são “claras e fortes!”
“Hipócrita é, por assim dizer – explicou - um dos adjetivos mais fortes que Jesus usa no Evangelho e o pronuncia dirigindo-se aos mestres da religião: doutores da lei, escribas... “Hipócrita!”, diz Jesus”:
“De fato, Jesus quer sacudir os escribas e os fariseus do erro em que eles caíram, e qual é este erro? O de desvirtuar a vontade de Deus negligenciando seus mandamentos para observar as tradições humanas”.