O Papa Francisco afirmou hoje durante na oração do ângelus que a fé não se “reduz a fórmulas” e ofereceu aos romanos e aos peregrinos presentes na Praça de São Pedro um crucifixo, distribuída pelos pobres da cidade.
“Hoje, dois dias depois da festa da Santa Cruz, pensei em oferecer-vos um crucifixo. O crucifixo é sinal do amor de Deus que em Jesus deu a vida por nós. Convido-vos a acolher esta oferta e a guardá-la na vossa casa, no quarto das crianças, dos idosos, em qualquer parte, mas que se veja!”, disse o Papa.
Francisco alertou os presentes que a cruz “é uma oferta do Papa” e que por isso, não tem de ser paga, e pediu aos pobres e marginalizados da cidade para a distribuírem a todos os presentes.
O Papa sublinhou que o crucifixo “não é um ornamento, mas um sinal para contemplar e rezar”.
Durante a oração do ângelus, o Papa comentou o Evangelho da liturgia deste domingo, referindo que “uma fé que se reduz às fórmulas é uma fé míope” e que a Jesus não interessam “sondagens” nem no “falatório” do povo.
“O senhor quer que os seus discípulos, de ontem e de hoje, criem uma relação pessoal com Ele e O acolham no centro das suas vidas”, sublinhou.
Para o Papa a “profissão de fé em Jesus Cristo não pode fechar-se em palavras, mas tem de ser autentificada em escolhas e gestos concretos”, com uma “vida grande”, uma vida “com muito amor ao próximo”.
“Por vezes na vida, e por motivos diversos, perdemo-nos na estrada, procurando a felicidade apenas nas coisas, ou nas pessoas que tratamos como coisas. Mas a felicidade encontra-se no amor, o verdadeiro”, afirmou.
“O amor muda tudo! E o amor pode mesmo mudar-nos, cada um de nós”, acrescentou o Papa.
Francisco agradeceu “caloroso acolhimento” dos sicilianos, onde esteve este sábado em visita apostólica para assinalar o 25 anos do assassinato pela máfia do padre Pino Puglisi.
Que o exemplo e o testemunho do beato Pino Puglisi continue a iluminar todos nós e a confirmar que o bem é maior que o mal, que o amor é mais forte que o ódio”, concluiu o Papa.