O Papa assinalou este primeiro Domingo do Advento, o tempo litúrgico de “preparação para o Natal” no calendário católico, pedindo centralidade para a oração, nas próximas semanas.
“Mesmo nos dias mais movimentados, não negligenciemos a oração”, disse aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a recitação do ângelus, já com a árvore de Natal instalada no local.
Francisco recomendou aos presentes que façam uma “oração do coração”, repetindo invocações curtas ao longo do dia, como “Vem, Senhor Jesus!”.
“Pensemos no presépio, pensemos no Natal e digamos, no coração, ‘Vem Senhor Jesus. Vem!’. Repitamos esta oração, ao longo do dia, e a alma ficará vigilante”, declarou.
O Papa considerou que a oração é um “ingrediente essencial” para manter o coração vigilante.
“É a oração que mantém acesa a lâmpada do coração. Principalmente quando sentimos que o entusiasmo perde calor, a oração reacende-o, porque nos leva de volta a Deus, ao centro das coisas”, precisou.
A reflexão começou por sublinhar uma das dimensões centrais do Advento, a espera, a vigilância.
“Estar vigilante significa isto: não permitir que o coração se torne preguiçoso e a vida espiritual se amoleça na mediocridade. Prestemos atenção, porque é possível ser um ‘cristão adormecido’”, alertou.
Francisco questionou uma fé vivida “sem entusiasmo pela missão, sem paixão pelo Evangelho”, que leva as pessoas a “cair na apatia”.
“Esta é uma vida triste, não traz felicidade”, observou.
Hoje é uma boa ocasião para nos perguntarmos: o que oprime o meu coração, o meu espírito? O que me faz sentar na poltrona da preguiça? É triste ver cristãos de sofá”.
No final do encontro de oração, o Papa deixou uma saudação aos vários grupos de peregrinos, incluindo fiéis de Timor-Leste e de Lisboa.
“Um bom domingo e um bom caminho de Advento, um bom caminho para o Natal, para o Senhor”, desejou.