Formular «votos de felicidade e paz aos mais de 950 milhões de irmãos hindus espalhados em todo o mundo»: eis o objectivo da mensagem anual do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso por ocasião da festa do Deepavali. Explicou o comboniano Miguel Ángel Ayuso Guixot, que nesta entrevista concedida ao nosso jornal realça como «desde 1967 são enviados os bons votos aos muçulmanos pela festa de Id-al-Fitr, e desde 1995 aos budistas e aos hindus respectivamente por ocasião do Vesakh e do Deepavali. Por enquanto a mensagem limita-se só às festividades das religiões maiores – revela – mas espera-se que no futuro se possa estender tal costume também às outras religiões».
Qual é o significado da festa do Deepavali?
É a «festa das luzes». E a luz é um símbolo universal. É também um elemento essencial da nossa fé cristã. A luz dissipa as trevas, doa calor e vida. Portanto o Deepavali exprime a destruição de todas as trevas e forças negativas, a vitória do bem sobre o mal, e é um encorajamento a continuar no caminho da luz, realizando boas acções.
Em quantos outros modos o Pontifício Conselho promove relações cordiais com os hindus?
Mais do que o dicastério, quem deve comprometer-se de modo concreto na promoção do diálogo com pessoas de outras religiões, a nível de base, são as Igrejas locais. Contudo em 2011 foi organizado juntamente com a Igreja na Índia um colóquio hindu-cristão, no qual participou o cardeal presidente Jean-Louis Tauran. Em 2009 o cardeal tinha participado em Mumbai no primeiro encontro oficial de chefes católicos e hindus. Ambos os eventos foram muito úteis para eliminar preconceitos e possíveis desconfianças.