O Papa Francisco reconhece que a matança de arménios às mãos do Império Otomano, que teve lugar entre 1915 e 1923 foi o primeiro genocídio do século XX.
Num encontro da passada segunda-feira com uma delegação de arménios católicos, liderada pelo Patriarca Católico da Cilícia dos Arménios, Nerses Bedros XIX Tarmouni, o Papa pode ser ouvido a fazer a declaração, em italiano.
Depois de cumprimentar vários membros da delegação um casal é apresentado ao Pontífice. Em imagens transmitidas pela agência Rome Reports a jornalista informa que a mulher do casal terá dito ao Papa que a sua família foi vítima desse incidente no Império Otomano, ao que o Papa responde: “O primeiro genocídio do século XX”.
O tema é polémico porque a Turquia, herdeira do Império Otomano, rejeita que o que se tenha passado possa ser classificado como genocídio e criminaliza mesmo o seu uso na Turquia.
Durante esse período da história milhões de arménios foram deportados do Império Otomano ou assassinados. As estimativas do número de mortos variam entre os 600 mil e 1.8 milhões.