O movimento católico “Pax Christi Internacional” (PCI) pronunciou-se sexta-feira, 30, sobre a situação na Síria, apelando às autoridades religiosas e políticas de todo o mundo para que promovam a paz através da diplomacia e do diálogo.
De acordo com a Agência Ecclesia, o organismo apela ao Papa Francisco para que, juntamente com outros líderes religiosos, contribua para a constituição de uma “força especial de fé” que apoie o povo sírio “neste tempo de grande sofrimento e perigo”.
“Independentemente das comunidades a que pertençam”, cristãs, muçulmanas, entre outras, “os líderes religiosos devem usar a sua autoridade moral para mostrar claramente em privado e em público a importância do fim da guerra e defender de forma consistente uma solução política para o problema”, sublinha a Pax Christi.
A organização católica salienta que “muitos Estados ajudaram a acender o pavio da violência na Síria, através do envio de armas para a região”.
Nesse sentido, a PCI considera que “chegou a hora da comunidade internacional cooperar na implementação de um embargo que quebre o fluxo de armamentos e, ao mesmo tempo, apoiar inequivocamente o diálogo, para acabar com o conflito”.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas, nos últimos dois anos e meio, os combates entre as tropas do governo de Bashar Al-Assad e forças opositoras ao regime já provocaram cerca de 100 mil mortos, incluindo 7 mil crianças, e mais de 4 milhões de refugiados e deslocados.
Neste momento, sob a argumentação de que o exército de Al-Assad teria recorrido diversas vezes à utilização de armas químicas, os Estados Unidos, a França e outros países estão ponderando a hipótese de uma intervenção militar conjunta na Síria.
Fundada em França no ano de 1945, a "Pax Christi Internacional" tem como objetivo encorajar a reconciliação e a paz no seio das nações afetadas pela Segunda Guerra Mundial.