O parlamento israelita destacou em sessão solene a visita do Papa Francisco à Terra Santa, que vai decorrer entre 24 e 26 de maio, avança hoje o jornal do Vaticano ‘L’Osservatore Romano’.
O presidente do Knesset salientou a importância da viagem do Papa argentino para a instituição de novos “canais de diálogo inter-religioso”.
A visita apostólica de Francisco, referiu Youli Edelstein, poderá apaziguar consciências e sarar as feridas entre cristãos e hebreus, que têm sido ao longo dos anos abertas e reabertas por “rios de ódio e de dor”.
O responsável político lembrou depois o contributo dado nesta área por João XXIII e João Paulo II, apontando o Papa e agora santo italiano (1881-1963) como a figura que “favoreceu as mudanças mais significativas” em termos da relação dos católicos com o povo judeu.
Uma ideia reforçada pelo líder do partido trabalhista israelita, Yitzhak Herzog, que recordou junto dos deputados a história do seu avô, o rabino Yitzhak Halevy Herzog, que durante a II Guerra Mundial pediu ajuda a Angelo Roncalli quando ele ainda era delegado apostólico da Santa Sé em Istambul, na Turquia.
Na altura, o rabino recebeu apoio “para salvar milhares de judeus perseguidos pelos nazis”.
“Com efeito, João XXIII deve ser considerado um Justo entre as Nações”, sublinhou Yitzhak Herzog, durante a sessão solene do parlamento israelita.