As Nações Unidas asseguram que o número de cristãos no Iraque diminuiu cerca de 80% na última década, passando de 1,4 milhões, em 2003, para menos de 300 mil actualmente, segundo noticia a Ajuda à Igreja que Sofre.
Marc Bossuyt, representante das Nações Unidas para o Iraque, afirmou que já se contabilizaram mais de 5.500 mortos nos últimos seis meses e cerca de 1,5 milhões de deslocados internos por causa da violência perpetrada pelos jihadistas do Estado Islâmico.
Segundo Bossuyt, há notícias de crimes de ódio contra aqueles que não reconhecem este grupo, tendo referido relatos de pessoas queimadas vivas. Segundo ele, estas atrocidades "não podem ser explicadas simplesmente pela cultura, etnia ou religião" das vítimas.
Face a estes números, o Grupo para a Eliminação da Discriminação Racial, que funciona sob a égide da ONU, pretende a criação de uma comissão para investigar a violência que se tem abatido sobre as minorias étnicas e religiosas e quem apoia financeiramente o grupo Estado Islâmico.
A ideia é investigar a causa da rápida onda de violência no país e quem está a financiar e a dar armas para o grupo jihadista Estado Islâmico.