O Papa Francisco visitou hoje a Mesquita Azul, em Istambul, no segundo dia da sua visita à Turquia, onde esteve em silêncio durante mais de um minuto, de cabeça baixa, acompanhando a oração do Grão-Mufti.
À entrada, em sinal de respeito, o Papa tirou os sapatos, como fazem todos os que ali entram.
Francisco tinha deixado Ancara rumo a Istambul, num voo de uma hora, e repetiu a visita feita pelo Papa emérito Bento XVI em novembro de 2006 à Mesquita e, posteriormente, a Santa Sofia, local que já foi a maior catedral do Cristianismo, posteriormente transformada em mesquita e que hoje é um museu.
A Mesquita Azul foi construída em frente a Santa Sofia, entre 1609 e 1616, e é conhecida pelo nome do sultão Ahmet, que a mandou edificar.
O nome de Mesquita Azul deve-se aos painéis de azulejos do século XVII.
Tal como Bento XVI, o Papa Francisco não pronunciou qualquer discurso no local de culto islâmico, seguindo, com a ajuda de um intérprete, a visita guiada e agradecendo o presente que lhe foi oferecido, um azulejo com uma flor, simbolizando o Islão.
A visita foi acompanhado de perto pelos mais de 900 meios de comunicação social acreditados para esta viagem pontifícia e por um forte aparato policial.
O Papa desloca-se hoje num carro de gama média e tem sido saudado por algumas centenas de pessoas no seu percurso e junto dos locais onde parou.
Em Santa Sofia, Francisco assinou o Livro de Ouro deste edifício, património mundial da UNESCO.
De tarde, o Papa vai presidir à Missa na Catedral do Espírito Santo, a única celebração com a comunidade católica local (16h00, menos duas em Lisboa), durante a qual se vai rezar pelos refugiados que foram “obrigados a fugir de situações de grave perigo”.
O programa do segundo dia de viagem vai concluir-se com uma oração ecuménica na igreja patriarcal de São Jorge (18h15), do Patriarcado de Constantinopla (Igreja Ortodoxa) e um encontro privado com o seu líder, Bartolomeu I.
A sede do Patriarcado Ecuménico está situada no antigo bairro grego de Istambul, no Fanar.