Papa Francisco recebeu este sábado no Vaticano os 250 participantes do encontro do Pontifício Instituto de Estudos Árabes e de Islamítica e alertou para a necessidade do “exercício da escuta”.
O Papa destacou que nos últimos anos, apesar de alguns mal-entendidos e dificuldades, foram dados passos no diálogo inter-religioso, também com os fiéis do Islã.
“É essencial o exercício da escuta” e não é apenas uma condição necessária num processo de recíproca compreensão e de coexistência pacífica, mas um dever pedagógico, a fim de sermos "capazes de reconhecer os valores dos outros, de compreender as preocupações subjacentes os seus pedidos e de fazer emergir as convicções comuns".
Francisco chamou a atenção para os encontros entre pessoas de religiões diferentes e sua interpelação.
“Desse encontro gera-se o primeiro conhecimento do outro” pois inicia-se do pressuposto da pertença à natureza humana, podem-se superar os preconceitos e as falsidades e começar a compreender o outro de acordo com uma nova perspetiva”.
O Papa recordou ainda que a história do Pontifício Instituto de Estudos árabes e de Islamítica vai precisamente nesta direção.
Recordando os 50 anos do Pontifício Instituto, Francisco destacou que o mesmo é muito precioso entre as instituições académicas da Santa Sé, e precisa ser ainda mais conhecido.
O meu desejo é que se torne cada vez mais um ponto de referência para a formação dos cristãos que trabalham no campo do diálogo inter-religioso, sob os auspícios da Congregação para a Educação Católica e em estreita colaboração com o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso”.