Barack Obama fez um apelo à liberdade religiosa na Índia, antes de terminar a sua visita ao país.
A poucas horas de embarcar para regressar aos Estados Unidos, o Presidente americano pediu ao Governo que se empenhe em cumprir o compromisso constitucional de permitir às pessoas “professar, praticar e propagar” livremente a sua religião.
“A Índia avançará desde que não se deixe dividir em diferentes religiões, desde que não se deixe dividir de todo, e continue unificada como uma nação”, afirmou Obama.
A questão é especialmente sensível, na Índia, onde a esmagadora maioria da população é hindu, mas 20% professam outras religiões.
Há um longo historial de conflito entre a maioria hindu e as minorias, sobretudo com os muçulmanos, que embora minoritários são ainda assim aproximadamente 180 milhões de pessoas.
Com os cerca de 24 milhões de cristãos há sobretudo uma história de intolerância e em alguns casos de violência contra comunidades mais isoladas, bem como leis, nalguns estados, que proíbem a evangelização.
O actual primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, é do partido nacionalista hindu BJP e viu o seu nome implicado num massacre de muçulmanos no Estado em que era governador, no Gujarat, em 2002, que terminou com a morte de cerca de 2000 pessoas.