O Papa associou-se hoje no Vaticano à celebração do Dia Mundial do Refugiado, que a ONU promove este sábado, pedindo que a comunidade internacional atue de forma “concertada e eficaz” para prevenir as causas das “migrações forçadas”.
“Rezemos por tantos irmãos e irmãs que procuram refúgio longe da sua terra, que procuram uma casa onde possam viver sem medo, para que sejam respeitados na sua dignidade”, apelou.
“Convido-vos a todos a pedir perdão pelas pessoas e instituições que fecham a porta a estas pessoas que procuram um lar, uma família, que procuram ser protegidos”, prosseguiu.
O Papa deixou uma palavra de encorajamento ao trabalho dos que “levam uma ajuda” às populações refugiadas.
O Dia Mundial do Refugiado recorda os mais de 50 milhões de pessoas de todo o mundo que foram forçadas a fugir das suas casas por causa da guerra ou de abusos dos direitos humanos, este ano com o lema ‘Os refugiados são pessoas comuns a viver situações extraordinárias’.
O Conselho Português para os Refugiados refere que esta data se assinala em 2015 “num cenário de múltiplos conflitos, com um número crescente de pessoas forçadas a deslocarem-se e uma crescente onda de intolerância e xenofobia em muitas partes do mundo”.
O alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, fala em números “esmagadores”.
“Temos de ter presente que se trata de mães, pais, filhas e filhos. Pessoas que levavam vidas normais antes de a guerra as ter forçado a fugir. Neste Dia Mundial do Refugiado, devemos lembrar o que nos liga a todos - a nossa humanidade", assinala o responsável português.
A data vai ser assinalada este sábado, pelas 21h00, com um sarau cultural no auditório Ângelo Vidal D'Almeida Ribeiro do Centro de Acolhimento para Refugiados (Bobadela).