A Igreja celebra nesta Segunda-feira, a festa de São Pedro e São Paulo, na Basílica de São Pedro o Papa Francisco celebrou a Missa Solene e benzeu os pálios dos novos arcebispos metropolitas, presente o Arcebispo de Luanda Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dia.
Este ano com teve uma novidade, a faixa de lã branca do pálio foi entregue e não colocada pelo Santo Padre. A imposição do Pálio será feita pelo Núncio Apostólico, nas respetivas Arquidioceses de origem. O significado desta alteração é colocar em maior evidência a relação dos Arcebispos com a sua Igreja local e, assim, dar também a possibilidade a mais fiéis de estarem presentes neste rito.
Apelo à oração
Na sua homilia o Papa Francisco referiu a leitura dos Atos dos Apóstolos da liturgia do dia que fala de perseguições, detendo a sua reflexão sobre “a coragem dos Apóstolos e da primeira comunidade cristã” e o seu espírito de oração.
“A comunidade de Pedro e Paulo ensina-nos que uma Igreja em oração é uma Igreja de pé, sólida, em caminho! Na verdade, um cristão que reza é um cristão protegido, guardado e sustentado, mas sobretudo não está sozinho” – afirmou o Santo Padre.
E o Senhor coloca Anjos no nosso caminho – continuou o Papa – garantindo-nos que não estamos sozinhos:
“Na oração, o crente exprime a sua fé, a sua confiança, e Deus exprime a sua proximidade, inclusive através do dom dos Anjos, os seus mensageiros" – disse o Papa apelando à oração.
Apelo à fé
“Ao longo da história, quantas forças procuraram – e procuram – aniquilar a Igreja, tanto a partir do exterior como do interior, mas todas foram aniquiladas e a Igreja permanece viva e fecunda!” – recordou o Papa dizendo que “tudo passa, só Deus fica.”
“ … não existe uma força capaz de derrotar quem possui a força da fé” – declarou o Papa Francisco.
Apelo ao testemunho
“Uma Igreja ou um cristão sem testemunho é estéril; um morto que pensa estar vivo; uma árvore ressequida que não dá fruto; um poço seco que não dá água” – afirmou o Santo Padre que se dirigiu, em concreto, aos arcebispos metropolitas exortando-os a serem homens de oração, fé e testemunho. E um testemunho que seja corerente:
“A Igreja quer-vos homens de testemunho: como dizia S. Francisco aos seus frades, pregai sempre o Evangelho e, se for necessário, também com as palavras! (cf. Fontes Franciscanas, 43). Não há testemunho sem uma vida coerente! Hoje sente-se necessidade não tanto de mestres, mas de testemunhas corajosas, convictas e convincentes; testemunhas que não se envergonham do Nome de Cristo e da sua Cruz, nem diante dos leões que rugem nem perante as potências deste mundo, seguindo o exemplo de Pedro e Paulo e de muitas outras testemunhas ao longo de toda a história da Igreja; testemunhas que, embora pertencendo a diferentes confissões cristãs, contribuíram para manifestar e fazer crescer o único Corpo de Cristo. Apraz-me sublinhá-lo na presença – sempre muito grata – da Delegação do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, enviada pelo querido irmão Bartolomeu I.”
O Papa Francisco terminou a sua homilia dizendo:
“Ensinai a oração, orando; anunciai a fé, acreditando; dai testemunho, vivendo!”