O observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, apelou ao trabalho em conjunto por “uma solução pacífica dos conflitos”, no debate dedicado ao Oriente Médio, destacando a situação da Palestina e da Síria.
Dom Bernardito Auza alertou que infelizmente a comunidade internacional parece ter-se “habituado” aos conflitos na região por isso “não conseguiu dar uma “resposta adequada” a um Médio Oriente “ensanguentado” pelos conflitos que “continuam a intensificar-se”.
O observador permanente da Santa Sé na ONU destacou que a crise humanitária na Síria atinge “mais da metade da população” e é preciso um “compromisso renovado” de todos para haver uma “solução política” para o conflito.
“Um grande país” que corre o “risco de ser destruído”, por isso, que os “interesses particulares” sejam colocados de lado para se privilegiar “os da Síria e dos próprios sírios”, pediu.
No debate, desta quinta-feira, o prelado filipino observou também que os conflitos no Iraque, levados a cabo pelo autoproclamado “Estado Islâmico” não é apenas regional mas requer o envolvimento da comunidade internacional e deu como exemplo desta situação os “milhões de refugiados” que no Líbano e na Jordânia necessitam “urgentemente de solidariedade”.
Neste contexto, Dom Bernardito Auza assinalou também que a diminuição da presença cristã é uma “grave perda para toda a região”.
“Os cristãos estão há séculos naquelas zonas e esperam continuar cooperando com seus concidadãos na construção de sociedades harmoniosas, trabalhando em prol do bem comum, como promotores de paz, reconciliação e desenvolvimento”, desenvolveu.
O observador permanente da Santa Sé na ONU recordou dados de agenda recentes onde manifestou apreço pelo acordo sobre o programa nuclear iraniano, alcançado pela República islâmica e grupo dos 5+1 (EUA, França, Inglaterra, China, Rússia e Alemanha).
O prelado recordou também a assinatura do acordo global entre Santa Sé e Estado da Palestina que se pretende que seja um “estímulo” para o fim do conflito entre Israel e Palestina.