O Papa recordou este Domingo no Vaticano as vítimas do atentado suicida que este sábado provocou mais de 95 mortes em Ancara, Turquia, e deixou a sua solidariedade aos que foram atingidos por este “terrível massacre”.
“Ontem [sábado] recebemos com grande dor a notícia do terrível massacre que teve lugar em Ancara, na Turquia: dor pelos inúmeros mortos, dor pelos feridos, dor porque os autores do atentado atingiram pessoas indefesas que se manifestavam pela paz”, disse, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus.
Francisco convidou os presentes a rezar em silêncio pela população turca, pelos mortos, os seus familiares e todos os que sofrem com esta situação.
Segundo o Governo turco, este foi o atentado mais mortífero registado no país, tendo deixado mais de 240 feridos, 48 dos quais estão nos cuidados intensivos do hospital de Ancara.
O Papa dirigiu um telegrama ao presidente turco Recep Erdogan, através do secretário de Estado do Vaticano, em que condena este “ato bárbaro”.
Francisco manifesta a sua “proximidade espiritual às famílias das vítimas perante este momento de pesar, bem como aos que trabalham na segurança e na assistência aos feridos”.
No encontro de oração para a recitação do ângelus, o Papa recordou ainda a celebração do Dia Internacional para a Redução dos Desastres Naturais, instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas, que este ano acontece a 13 de outubro.
“É preciso reconhecer, infelizmente, que os efeitos de tais calamidades são muitas vezes agravadas pela falta de cuidado com o ambiente por parte do homem”, advertiu.
Francisco apelou por isso a uma “cultura global e redução dos desastres e de maior resiliência aos mesmos”, em particular junto das populações mais vulneráveis.
A catequese dominical abordou o relato evangélico sobre o “jovem rico” que recusou o convite de Jesus a segui-lo por causa do “dinheiro”, da “sedução dos ídolos”.
“O dinheiro, o prazer, o sucesso deslumbram, mas depois desiludem: prometem vida, mas procuram morte. O Senhor pede-nos que nos afastemos destas falsas riquezas para entrar na verdadeira vida, a vida plena, autêntica, luminosa”, explicou o Papa.