O Papa condenou este Domingo, a “violência sem sentido” que atingiu o Mali, após o atentado de sexta-feira que matou 21 pessoas, entre as quais dois terroristas, e pediu orações pela sua próxima viagem a África.
Num telegrama enviado através do secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, Francisco une-se em oração à dor das famílias em luto e à tristeza dos malianos, após o assalto ao Hotel Radsisson, onde mais de 170 pessoas foram feitas reféns por um comando armado.
“Consternado com esta violência cega, que condena veementemente, o Papa pede a Deus a conversão dos corações e o dom da paz”, lê-se no texto, endereçado ao arcebispo de Bamaco, Dom Jean Zerbo.
Já no Vaticano, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Francisco pediu orações antes da sua primeira viagem ao continente africano.
“Na próxima Quarta-feira inicio a minha viagem à África, visitando o Quénia, Uganda e a República Centro-Africana”, recordou o Papa, após a recitação da oração do ângelus, ao meio-dia (11h00 em Lisboa).
“Peço a todos que rezem por esta viagem, para que seja para todos estes queridos irmãos e também para mim um sinal de proximidade e de amor”, acrescentou.
Francisco convidou os presentes a um momento de oração à Virgem Maria pelos três países que vai visitar, para que “ali haja paz e prosperidade”.
No último domingo do ano litúrgico, segundo o calendário da Igreja Católica, o Papa evocou a solenidade de Cristo Rei, uma celebração que contraria “a lógica mundana apoiada sobre a ambição e a competição, a qual combate com as armas do medo, da chantagem e da manipulação das consciências”.
“A força do reino de Cristo é o amor: por isso, a realeza de Jesus não nos oprime, mas liberta-nos das nossas fraquezas e misérias, encorajando-nos a percorrer o caminho do bem, da reconciliação e do perdão”, acrescentou.
A intervenção evocou as “lacerações” e as “demasiadas feridas” da humanidade de hoje, desafiando os católicos a imitar Jesus “com gestos de ternura, de compreensão e de misericórdia”.
No final do encontro dominical com os peregrinos, Francisco falou da beatificação em Barcelona, este sábado, de 26 mártires da “feroz perseguição contra a Igreja no século passado”, sacerdotes e jovens religiosos dos capuchinhos.
“Confiemos à sua intercessão os nossos tantos irmãos e irmãs que infelizmente, ainda hoje, em várias partes do mundo, são perseguidos por causa da fé em Cristo”, disse.