Quanto ao que se celebra, tenha-se em conta tanto o conteúdo essencial da Celebração, como as diversas formas da mesma, tendo sempre presente o contexto cultural com os elementos que lhe são próprios (a dança, o canto, os instrumentos musicais tradicionais e a língua) a fim de se atingir a assembleia que celebra.
Quando o que se celebra entra já no âmbito dos actos de piedade e devoção, haja o cuidado de:
a) Formar o povo de Deus na necessária distinção entre sacramentos e sacramentais, para que nunca se confundam nem se invertam os seus valores.
b) Se criar um directório para os santuários de modo que haja uniformidade na maneira de proceder em todos eles.
c) Os agentes de pastoral, sobretudo os sacerdotes, acompanharem devidamente o povo de Deus nos exercícios de devoção/piedade.
2. Quanto à arte de celebrar, haja o cuidado de:
a) Promover nas dioceses e paróquias sessões de formação sobre a arte de celebrar.
b) Recordar a necessidade dos momentos de silêncio após o convite para algumas orações (colecta…), no momento do acto penitencial, após algumas admonições, após a homilia e após a comunhão.
c) Lembrar o uso adequado dos espaços na celebração (ambão, altar e a sede do presidente).
3. No que toca aos desafios da fé hoje, os participantes concluíram que eles são inúmeros, podendo ser, porém, colocados em algumas vertentes:
A. O relativismo e o sincretismo religioso, perda do sentido do pecado, e busca frenética dos bens materiais, a globalização;
B. A pobreza extrema, a corrupção, falta de compromisso, a feitiçaria, comportamentos morais estranhos à fé cristã católica (aborto, fuga à parternidade/maternidade).
4. Diante de tantas manifestações de crise de fé, há que levar os fiéis à consciência da problemática da mesma fé, promovendo uma educação aos valores através de uma formação ou catequese porta-à-porta que desperte em todos o desejo cada vez maior de se comprometerem com a sua fé
5. Relativamente a música litúrgica, os participantes à Semana concluíram que muito há ainda por fazer, no sentido de melhorar a participação da Assembleia que celebra os mistérios.
Recomendações:
A. A implementação das conclusões deverá ser tutelada por todos os agentes de pastoral litúrgica, especialmente pelos Bispos das dioceses e respectivas comissões diocesanas, o que ajudará a uma cada vez maior uniformização nos actos litúrgicos a nível nacional.
B. Que na próxima Semana Nacional de Liturgia as dioceses tenham sequência na representação dos delegados e apresentem a vivência efectiva das conclusões desta semana.
C. Tendo em conta a grande proliferação de compositores de música litúrgica, que nem sempre se adequa ao que se celebra, a Semana recomenda que se constitua um laboratório que se encarregue de fazer a triagem adequada do que se compõe.
D. Que se organizem cessões de formação em canto litúrgico com a intervenção de pessoas autorizadas nesta área, e que as Semanas Nacionais de Liturgia passem a ser anuais dada a sua necessidade premente.