O Papa apelou neste 2º Domingo do advento a uma maior “sobriedade” no uso das palavras e nas “redes sociais”, considerando que esta atitude, associada ao silêncio, representa um “elemento essencial” da vida cristã.
“A minha vida é sóbria ou repleta de coisas supérfluas? Mesmo que signifique ir contracorrente, valorizemos o silêncio, a sobriedade e a escuta”, questionou, falando aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus.
Francisco considerou que, quando “não se é capaz de calar, é difícil que se tenha algo de bom a dizer”.
“Quanto mais atento é o silêncio, mais forte é a palavra”, acrescentou, desde a janela do apartamento pontifício.
A intervenção partiu da pregação de João Batista no deserto, o “local do silêncio e da essencialidade, onde não é permitido divagar sobre coisas inúteis”.
“Este é um apelo sempre actual: para avançar no caminho da vida, é necessário despir-se do que está a mais, porque viver bem não quer dizer encher-se de coisas inúteis, mas libertar-se do supérfluo”, insistiu.
No segundo domingo de Advento, tempo que prepara a celebração do Natal no calendário católico, o Papa desafiou os católicos a libertar-se “da poluição das palavras vãs e das bisbilhotices”, para dar lugar ao silêncio e à oração.
“Que Maria, Virgem do silêncio, nos ajude a amar o deserto, para nos tornarmos vozes credíveis que anunciam o seu Filho que vem”, concluiu.
OC