O Papa defendeu nesta Quarta-feira , no Vaticano, a necessidade de justiça social e da “cultura da legalidade” para promover a paz e o desenvolvimento.
“Sem justiça, não há paz. De facto, se a justiça não for respeitada, geram-se conflitos. Sem justiça, consagra-se a lei da prevaricação do mais forte sobre o mais fraco”, declarou, durante a audiência pública semanal.
Numa reflexão sobre a “virtude cardeal” da justiça, Francisco referiu aos milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro que esta é “a virtude social por excelência, porque é fundamental para a convivência pacífica na sociedade”.
A pessoa justa é reta, simples e honesta; conhece as leis e respeita-as; cumpre a sua palavra; no seu discurso, não usa meias-verdades nem subtilezas enganadoras. Para viver esta virtude é necessário ser vigilante e examinar-se, ser fiel no pouco e no muito, e ser agradecido”.
O Papa apresentou a justiça como “um antídoto” contra a corrupção e outros comportamentos nocivos que “corroem a fraternidade e a amizade social”.
“Por isso, é essencial educar o sentido da justiça e fomentar uma cultura da legalidade”, insistiu.
Na saudação aos peregrinos, Francisco convidou todos a ser “construtores de um mundo mais fraterno e solidário”.
O Papa deixou uma palavra particular aos peregrinos de língua portuguesa.
“Invoco para todos as consolações e luzes do Espírito de Deus, a fim de que, vencidos pessimismos e desilusões da vida, possais cruzar, juntamente com os vossos entes queridos, o limiar da esperança que temos em Cristo ressuscitado. Conto com as vossas orações”, disse.
OC