O Papa sublinhou neste Domingo, no Vaticano, o significado da solenidade da Ascensão de Jesus, convidando a ver em cada pessoa um “companheiro” no caminho para o Céu.
“O meu desejo pelo Céu, isola-me, fecha-me ou leva-me a amar os meus irmãos com um coração grande e desinteressado, sentindo que eles são meus companheiros no caminho ao Paraíso?”, questionou Francisco, falando aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a recitação do ‘Regina Coeli’.
“O desejo por Deus, pelo seu amor infinito, pela sua vida que é vida eterna está vivo em mim? Ou estou ancorado às coisas passageiras, ao dinheiro, ao sucesso, aos prazeres?”, acrescentou, desde a janela do apartamento pontifício.
A intervenção destacou que a subida de Jesus ao Céu, após a ressurreição é a abertura de um “precedente” para toda a humanidade.
“Nós, a Igreja, somos exactamente aquele corpo que Jesus, tendo subido ao céu, arrasta consigo como numa escalada em grupo”, apontou.
O Papa desafiou os católicos a “cumprir as obras do amor”.
“Dar vida, levar esperança, afastar-se de toda maldade e mesquinhez, responder ao mal com o bem, aproximar-se dos que sofrem”, elencou.
Francisco começou por saudar as crianças e adolescentes de Génova, com que se tinha encontrado este sábado, juntamente com os seus catequistas, para a tradicional peregrinação organizada pela arquidiocese italiana.
O Papa assinalou a celebração do Dia da Mãe, que hoje acontece em muitos países. “Pensemos, com reconhecimento, em todas as mães, e rezamos pelas mães que foram para o Céu”, pediu, rezando pela intercessão da Virgem Maria, numa intervenção saudada com um aplauso, pela multidão.
OC