O Papa apelou esta Quarta-feira, à intervenção da comunidade internacional para travar a “inaceitável” escalada de violência no Líbano, onde os bombardeamentos israelitas nos últimos dias fizeram cerca de 600 mortos.
“Espero que a comunidade internacional envide todos os esforços para pôr termo a esta terrível escalada. É inaceitável”, declarou, no final da audiência pública semanal.
“As notícias que chegam do Líbano deixam-me entristecido. Intensos bombardeamentos causaram muitas mortes e destruição nos últimos dias”, acrescentou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.
O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se hoje, de urgência, para discutir a situação no Líbano.
As operações levadas a cabo pelo Exército de Israel em vários pontos do sul e leste do Líbano, e também na capital, Beirute, foram lançadas com o objetivo de atingir comandantes do Hezbollah, que se uniu aos ataques contra a população israelita.
“Expresso a minha solidariedade para com o povo libanês, que já sofreu demasiado no passado recente”, disse Francisco.
O Papa convidou a rezar por “todos, por todos os povos que estão a sofrer por causa da guerra”.
“Não esqueçamos a martirizada Ucrânia, o Mianmar, a Palestina, Israel, o Sudão, todos os povos martirizados. Rezemos pela paz”, apelou.
A tensão no Médio Oriente aumentou após o ataque de 7 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez 1.05 mortos, na maioria civis, e 251 reféns.
Israel iniciou operações contra o Hamas na Faixa de Gaza, provocando pelo menos 41 467 mortos e 95 900 feridos, além de mais de 10 mil desaparecidos, segundo números do Ministério da Saúde local.
OC