Fonte: (RadioVaticana)Na
tarde deste domingo, Bento XVI deslocou-se á área do rio Jordão onde Jesus foi
baptizado. Neste local o Papa procedeu á bênção das primeiras pedras das
igrejas dos latinos e dos greco-melquitas; neste lugar o rei da Jordânia
autorizou a construção de 5 igrejas das várias confissões e ritos cristãos.
Na
alocução pronunciada nesta circunstância, Bento XVI congratulou-se com a
próxima construção destas duas novas igrejas, uma latina e a outra
greco-melquita – “cada uma delas segundo as tradições da própria comunidade”,
mas ambas “para edificar uma única família de Deus”. E explicou o sentido da
bênção da primeira pedra de cada um dos novos edifícios religiosos:
“A
pedra alicerce da igreja é um símbolo de Cristo. A Igreja assenta sobre Cristo,
é sustentada por Ele e não se pode separar d’Ele. É Ele a pedra fundamento de
cada comunidade cristã, pedra viva rejeitada pelos construtores, mas escolhida
e preciosa aos olhos de Deus como pedra angular”.
“Com
Cristo – prosseguiu – cada um de nós se torna pedra viva na edificação de uma
casa espiritual”. “É esta a realidade da Igreja: Cristo e nós, Cristo connosco.
Ele está connosco como a vinha está com os seus próprios ramos. A Igreja é, em
Cristo, uma comunidade de vida nova, uma realidade dinâmica de graça que brota
d’Ele. Através da Igreja, Cristo purifica os nossos corações, ilumina as nossas
mentes, une-nos ao Pai e, num único Espírito, leva-nos a exercitar diariamente
o amor cristão”.
Referindo
depois a memória ligada ao lugar onde serão construídas estas duas novas
igrejas, na localidade de Betânia além-do-Jordão, afirmou Bento XVI:
“No
lugar que está diante de nós apresenta-se-nos ao vivo a memória do baptismo de
Cristo. Jesus meteu-se na fila dos pecadores e aceitou o baptismo de penitência
de João, como um sinal profético da sua paixão, morte e ressurreição, para o
perdão dos pecados”.
O
Papa concluiu fazendo votos de que “a contemplação orante destes mistérios”
encha de “alegria espiritual e de coragem moral” os fiéis, aos quais deixou uma
exortação final:
“Promovei
o diálogo e a compreensão na sociedade civil, especialmente quando reclamais os
vossos legítimos direitos. No Médio Oriente, marcado por trágicos sofrimentos,
por anos de violência e tensões por resolver , os cristãos são chamados a dar o
seu contributo, inspirado pelo exemplo de Jesus , da reconciliação e da paz
através do perdão e generosidade”.