D. António Jaca: “Num mundo virado para sistemas de morte e guerras, comunicar a esperança”

D. António Jaca: “Num mundo virado para sistemas de morte e guerras, comunicar a esperança”

O mundo de hoje é muito virado para a depressão, para sistemas de morte, para guerras, para a desilusão: levemos a esperança e façamos com que a nossa presença como cristãos seja uma presença viva, porque a esperança cristã ajuda o mundo a ser melhor, disse em entrevista à Rádio Vaticano- Vaticano News, o Bispo de Benguela, em Angola, Dom António Francisco Jaca.

Falando em recente entrevista, Dom António Jaca, que também é Presidente da Comissão de Cultura e Comunicação da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), falou da sua participação no Jubileu da Comunicação e na Conferência internacional dos comunicadores institucionais católicos, organizada pelo Dicastério para a Comunicação, “uma experiência muito interessante, sobretudo o encontro com o Santo Padre, sublinhou o prelado.

Comunicação deve criar pontes e não divisão, unir e não criar conflitos

Para o Bispo de Benguela, a comunicação está bem no centro de tudo o que vai ser feito durante o jubileu, “não só para dar voz e vida a tudo aquilo que a Igreja vai viver ao longo deste ano jubilar, mas também para responsabilizar os comunicadores cristãos para que a sua ação seja para promover o diálogo, a união e dar esperança. Não se trata apenas de optimismo, mas de esperança, para dizer ao mundo que apesar de tudo, de tantas dificuldades, há motivos de esperar, disse Dom Jaca enfatizando que a comunicação deve ser “boa nova e criar pontes, e não divisão, unir e não provocar conflitos ou guerras”.

E, citando o Papa Francisco, o Bispo de Benguela comparou o mundo de hoje à Torre de Babel, onde todos falam e ninguém se entende, para reiterar a importância de criar sinergias, criar comunhão, semear esperança, dar ao mundo motivos de esperança e dizer que podemos viver no mundo melhor, sem guerras e conflitos, com respeito pelos direitos de cada um.

Jornalistas responsabilizados na construção da paz

Responsabilização é, pois, a palavra-chave para o prelado angolano, ou seja, que os comunicadores sejam realmente comunicadores, que criem comunhão – “esta é a mensagem a transmitir aos nossos jornalistas, cristãos e não cristãos, esta a missão que têm, de serem construtores de paz”.  

Todos envolvidos para continuar a esperar e construir um País melhor

Em seguida, Dom António Jaca observou que o jubileu da esperança coincide com o jubileu dos 50 anos de independência de Angola. À euforia dos primeiros anos e o sonho por uma Angola melhor, disse, seguiu-se a desilusão exacerbada pela crise económica que está afetando quase todos os setores da vida da nação. “Nestes momentos em que as pessoas estão a baixar os braços e parece não haver um horizonte, é necessário semear esperança, e fazer com que todos se envolvam para salvar o país, exortou Dom Jaca.