Por bula de 26 de Março de 1990, o Santo Padre Jão Paulo II erigiu em Angola a nova Diocese de Nadalatando, desmembrada da Arquidiocese de Luanda e que abrange o território da actual província do Kwanza Norte.
Para seu primeiro bispo foi nomeado Dom Pedro Luís Scarpa, da Ordem dos Capuchinhos da Província de Veneza, Itália.
Aquando da sua fundação, esta Diocese pertenceu à Província Eclesiástica de Luanda de que fazia parte, por ordem de erecção, as seguintes: Luanda, Malange, Uíje, Novo Redondo, Mbanza Congo, Cabinda e Ndalatando. Nessa altura Ndalatando era a 15ª Diocese de Angola.
O primeiro Bispo de Ndalatando chegou à Diocese nos primeiros meses após a sua erecção, no dia 01 de Julho de 1990, Tomou posse como Bispo titular da Diocese de Ndalatando.
Por carência de estruturas na nova Diocese, passou a residir com os irmãos Maristas. Alguns meses depois, mudou-se para a residência dos padres Espiritanos onde permaneceu até à conclusão das obras de reabilitação do edifício que depois virá a tornar-se o Paço Episcopal de Ndalatndo.
Vários anos antes destes acontecimentos, o regime comunistas que se instalou em Angola, confiscou muitas estruturas pertencentes à Igreja. Ndalatando não escapou à regra.
Dom Pedro Luís, ao chegar na diocese Ndalatando, deparou-se com dificuldades de carência de estruturas para os serviços fundamentais da diocese.
Com a queda do comunismo, o estado decidiu devolver as estruturas que havia confiscado à Igreja.
Assim, no dia 27 de Julho de 1991 foi entrgue ao Senhor Bispo o edifício que foi a Escola de Posto da Igreja Católica em Ndalatando e que após a sua confiscação pelo estado em 1978, veio a tornar-se o Lar estudantil, que com a sua devolução veio a tornar-se o Seminário Médio Santos Mártires do Uganda. No mesmo dia foi devolvido o lar feminino (escola feminina).
Em seguida foram devolvidos outros edifícios tais como: aquela que foi a residência das Irmãs dominicanas de Santa Catarina de Sena e que veio a tornar-se o actual Paço episcopal, o edifício onde funciona a Escola Missionária Santa Maria Gorethe, e a actual residência das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena.
A partir desse momento começam-se a notar sinais de crescimento na Diocese.
Por altura da sua erecção a Diocese contava com apenas 5 congregações femininas, Dominicanas de Santa Catarina de Sena em Ndalatando e Gulungo Alto, Irmãs do Bom Pastor em Camabatela, as Irmãs do Santissimo Salvador no Dondo e Kiculungo, irmãs Salésias na Kipata e as irmãs mercedárias que se estabeleceram em Ndalatando em Novembro de 1989.
De lá para cá verificou-se um constante crescimento na chegada denovas congregações femininas na Diocese, estabelecendo-se na Diocese além das irmãs JMJ, irmãs de Santa Catarina de Sena, no Sassa, Irmãs de São Carlos Lwanga, no kibululo, Pequenas irmãs da Sagrada Família, no Lucala, Irmãs Mensageiras, no Paço Episcopal, Irmãs Teresianas, no Alto Dondo, e, mais recentemente as Irmãs do SagradoCoração de Jesus Sacramentado, na Cerca e as Irmãs Filhas de Jesus que, em Fevereiro de 2013 se estabeleceram no Bolongongo.
Passado 1 ano da criação da nova Diocese, no dia 25 de março de 1991 Dom Pedro Luís Scarpa celebrou a primeira Missa Crismal na Sé Catedral com os missionários e os cristãos que puderam marcar presença.
No dia 28 de Julho do mesmo ano realiza-se a primeira ordenação sacerdotal na Diocese, foi ordenado presbítero o Diácono Maurício Camuto da congregação dos Padres do Espírito Santo, natural do Gulungo Alto, por sua Excia Revma Dom Pedro Luís Scarpa, no ano de 1991, a 30 de Abril a 03 de Maio realiza-se a primeira semana da assembleia Pastoral diocesana sob o tema: “Sínodo Africano”.
Os sinais de crescimento da nova Diocese continuaram a fazer-se visíveis, chegam a Ndalatando em Agosto de 1992 os primeiros Missionários da Sagrada Família, Pe. Félix Pistoni e Pe. Edelto Tavares Leite, que depois iriam responder às necessidades pastorais da região do Lucala.
No dia 26 de Janeiro de 1992, foi criada uma nova paróquia. A Paróquia de Nossa Senhora Auxiliadora na Kipata.
Dom Pedro Luís dá a posse canónica ao primeiro Pároco, Pe. Jesus Tirso Blanco, salesiano, actual Bispo do Lwena.
No dia 18 de Dezembro do mesmo ano chegam a Ndalatando os dois primeiros sacerdotes Mercedários, que mais tarde abriram a missão de kiculungo, que durante alguns anos ficou fechada. Esssa missão estava a cargo dos padres Capuchinhos. Por falta de pessoal suficiente, a missão foi entregue ao Bispo da Diocese. No dia 14 de Abril de 1993, O Bispo da Diocese entregou então, oficialmente, a Missão aos sacerdotes Mercedários.
Em 1995, entram na diocese de Ndalatando a comunidade dos Sacerdotes do Verbo Divino, com a missão de guiar os destinos do seminário diocesano.
Em Agosto de 1998, Ndalatando teve a alegria de assistir à ordenção presbiteral do primeiro sacerdote diocesano, Pe. Domingos António Francisco, natural do Golungo Alto, na Sé Catedral, pelo Bispo Dom Pedro Luís Scarpa.
Algumas estruturas novas da Diocese foram surgindo ao longo desse período. Além da escola de catequistas de que já fizemos referência.
Por limite de idade, Sua Excelência Reverendíssima Dom Pedro Luís Scarpa, no ano de 2005 cede o lugar de Bispo titular da diocese de Ndalatando.
Assim, no dia 23 de Julho de 2005, O Bispo convocou todos os missionários residentes na sede da Diocese Para comunicar a nomeação do Novo bispo de Ndalatando, pelo Papa Bento XVI, Monsenhor Almeida Kanda, até então Vigário Geral da Diocese do Uíje.
Assim, no dia 23 de Outubro, Celebrou-se no Uíge a Santa Missa na qual foi Ordenado Bispo Dom Almeida Kanda, que tomou posse a 20 de Novembro de 2005, como novo Bispo de Ndalatando.
Ao longo desses anos dificuldades não faltaram, muitos missionários perderam a vida pelo seu Zelo Missionário, outros tiveram de abandonar a sua Missão em tempos de guerra por motivos de segurança. Porém, ainda assim, a Diocese não deixou de caminhar e de viver na Esperança de dias melhores graças à presença e a força do Espirito Santo que sempre impulsionou e conduziu a Igreja.
Ao celebrar o Jubileu da Diocese, esperança de que o futuro, iluminado por Deus, ainda trará muitas alegrias para a Diocese, graças ao contínuo Crescimento da Diocese e aos frutos que ainda terão que acolher, este é o espírito que anima os diocesanos de Ndalatando.