Papa em missão de «paz» e «fraternidade»

Papa em missão de «paz» e «fraternidade»

Vaticano apresenta viagem com o Médio Oriente no horizonte

A viagem de Bento XVI ao Líbano, que vai decorrer entre os próximos dias 14 e 16, é apresentada pelo Vaticano como uma missão de “paz e de fraternidade” para o país e, “mais do que nunca”, para o Médio Oriente.

A posição é assumida na apresentação do missal desta 24ª visita do Papa ao estrangeiro, na qual se alude às “vítimas da violência, da precariedade e das formas de desespero”.

“Num Médio Oriente tomado por dramáticas e sanguentas turbulências, o Sumo Pontífice chega o Líbano, qualificado por ele próprio como um ‘tesouro’ por causa da sua ‘experiência de vida e de colaboração intercomunitária e intercultural’”, indica o texto, preparado pelo Departamento das Celebrações Litúrgicas de Bento XVI.

Segundo a Santa Sé, a visita papal vai “confirmar a necessidade desta vocação particular do Líbano, para o Oriente e para o Ocidente, insistindo no facto de que nada pode fazer renunciar aos valores humanos, históricos, morais e religiosos”.

A viagem de Bento XVI vai incluir dois momentos (assinatura e entrega) ligados à promulgação da exortação apostólica pós-sinodal para o Médio Oriente, documento conclusivo da assembleia especial do Sínodo realizada entre 10 e 24 de outubro de 2010, no Vaticano.

Beirute, Harissa, Baabda, Bzommar, Bkerké e Charfet são as localidades que vão acolher o Papa e os seus encontros com responsáveis políticos, religiosos e a comunidade católica libanesa.

Esta visita ao “país dos cedros” vai ser a segunda de Bento XVI à região, depois da viagem que efetuou em maio de 2009 à Jordânia, Israel e Territórios Palestinos.

João Paulo II, falecido em 2005, visitou o Líbano em 1997.

Os bispos maronitas, reunidos no encontro mensal de setembro, convidaram os fiéis libaneses a acolherem Bento XVI, para que esta visita apostólica “possa assegurar uma autêntica primavera para os cristãos e todos os povos da região”.

O Líbano conta com cerca de 4 milhões de habitantes e 2,1 milhões de católicos, ou seja, 53,18 por cento da população.

OC