«Durante as últimas cinco décadas, as conquistas alcançadas» em âmbito ecuménico «foram várias, como foi demonstrado por uma série de importantes e influentes constituições, declarações e decretos», disse o Patriarca Bartolomeu I na saudação dirigia ao Papa no final da missa para a abertura do Ano da fé, celebrada esta manhã na praça de São Pedro.
«Contemplámos a renovação do espírito – acrescentou o Patriarca de Constantinopla – e o regresso às origens» através do estudo litúrgico, da pesquisa bíblica e da doutrina patrística. «Apreciamos o esforço gradual para nos libertarmos da rígida limitação académica à abertura do diálogo ecuménico, que levou às recíprocas revogações das excomunhões do ano 1054, ao intercâmbio de bons votos, à restituição das relíquias, ao início de diálogos importantes e às visitas recíprocas às nossas respectivas sedes». Mas o Patriarca demonstrou-se também ciente de que este caminho comum «nem sempre foi fácil ou isento de sofrimentos e desafios» pois «a teologia fundamental e os temas principais do concílio Vaticano II – o mistério da Igreja, a sacralidade da liturgia e a autoridade do bispo – são difíceis de aplicar com prática assídua e são assimiladas com esforços durante toda a vida e com o compromisso da Igreja inteira».
LR