Bento XVI enviou hoje uma mensagem ao Patriarca Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, na qual convida a Igreja Ortodoxa a aprofundar a "proximidade fraterna" com os católicos para responder às questões da humanidade.
"O desafio mais urgente é o de saber como fazer chegar o anúncio do amor misericordioso de Deus aos homens do nosso tempo, tantas vezes distraído, mais ou menos incapaz de uma reflexão profundo sobre o próprio sentido da sua existência, tomado como tal a partir de projetos e utopias que só o podem desiludir", escreveu o Papa.
O documento foi entregue ao líder ortodoxo pelo presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cardeal Kurt Koch.
O cardeal liderou uma delegação da Santa Sé que marcou presença na celebração da festa do Apóstolo André, patrono do Patriarcado de Constantinopla (atual Istambul), na Turquia, que retribui, anualmente, a visita de uma representação ortodoxa a Roma, na festa dos Apóstolos São Pedro e São Paulo (29 de junho).
Bento XVI deixa uma saudação a Bartolomeu I, recordando a sua presença no Vaticano para a celebração da abertura do Ano da Fé (outubro de 2012-novembro de 2013), convocado pelo Papa, e nas comemorações do 50.º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II.
"Esta amizade sincera que nasceu entre nós, com uma grande visão comum das responsabilidades a que fomos chamados como cristãos e como pastores do rebanho que Deus nos confiou, é motivo de grande esperança", referiu.
Segundo o Papa, é necessário "dar um vigor renovado ao testemunho da mensagem evangélica ao mundo contemporâneo".
Bento XVI sublinha que a aproximação entre as Igrejas Católica e Ortodoxa não se fundamenta em "razões humanas de cortesia ou de conveniência", mas na "fé comum no Senhor Jesus".
OC