Bento XVI manifestou hoje a sua preocupação perante a situação das pessoas com deficiência, associando-se ao Dia Internacional dedicado a esta população que vai ser celebrado na segunda-feira.

"Encorajo as comunidades eclesiais a estarem atentas e serem acolhedoras para estes irmãos e irmãs e exorto os legisladores e governantes a tutelarem as pessoas com deficiência e a promover a sua plena participação na vida da sociedade", apelou o Papa após a recitação da oração do Angelus, que reuniu milhares de pessoas na Praça de São Pedro, Vaticano.

Bento XVI destacou que todas as pessoas, "mesmo com limitações físicas e psíquicas, também as graves, são sempre um valor inestimável e devem ser consideradas como tal".

A intervenção do Papa tinha começado por uma referência ao novo ano do calendário litúrgico da Igreja Católica, que se inicia com a celebração do Advento, os quatro domingos que precedem a festa do Natal.

Este tempo litúrgico "da espera e da esperança", destacou Bento XVI, refere-se "à vinda de Deus, à sua presença no mundo, um mistério que envolve todo o cosmos e a história".

"No meio dos tumultos do mundo ou dos desertos da indiferença e do materialismo, os cristãos acolhem a salvação de Deus e testemunham-na com uma maneira diferente de viver", acrescentou.

As três primeiras semanas do Advento surgem como um tempo penitencial marcado pelo convite à vigilância, arrependimento e reconciliação com Deus.

A partir de 17 de Dezembro a liturgia adventícia, pautada pela cor roxa, acentua a espera pela festa do nascimento de Jesus, que os católicos assinalam a 25 de Dezembro.

As manifestações do Advento, palavra de origem latina [adventus] que significa "vinda" ou "chegada", expressam-se na coroa de ramos verdes com quatro velas, que se acendem aos domingos, bem como na armação do presépio, entre outras práticas.

OC