O novo Papa é o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, que adoptará o nome de Francisco I. Arcebispo de Buenos Aires tem 76 anos e é o primeiro jesuíta a ser eleito Sumo Pontífice e o primeiro da América do Sul.
Nascido a 17 de Dezembro de 1936, em Buenos Aires, é um dos cinco filhos de Regina e Mario Bergoglio, um ferroviário italiano. Aos 21 anos, decidiu entrar para o sacerdócio, tendo entrado para o seminário em Villa Devoto, como noviço da Ordem Jesuíta.
O novo Papa Francisco I desempenhou vários cargos administrativos na Cúria, enquanto cardeal, mas não estava entre os favoritos por causa da sua idade (76 anos). Diz-se que no conclave de 2005 foi um rival de Ratzinger na votação.
Jorge Mario Bergoglio é um teólogo conservador que se distanciou do movimento da Teologia da Libertação da América Latina. Em 2004, um advogado e activista dos direitos humanos apresentou uma queixa contra o cardeal – sem apresentar provas - acusando-o de ter conspirado com a junta militar em 1976 para permitir o rapto de dois padres jesuítas a quem ele, como superior da Companhia de Jesus da Argentina, tinha ordenado que deixassem de fazer o seu trabalho pastoral, por entrar em conflito com a ditadura militar. Um porta-voz do Bergoglio negou as acusações.
Opõe-se ao aborto e à eutanásia, mantém a posição da igreja relativamente à homossexualidade e condenou fortemente a legislação para permitir o casamento gay na Argentina, introduzida em 2010, mas sublinha a importância de respeitar as escolhas individuais.