Na Missa a que presidirá domingo, dia 24, na Praça de São Pedro, para encerrar o Ano da Fé, Papa Francisco fará a entrega da Exortação Apostólica “Evangelii gaudium”. Se Bento XVI tinha publicado, em outubro de 2011, a Carta Apostólica “Porta fidei”, a ilustrar as razões e objectivos da iniciativa que agora chega a termo, o novo texto papal deverá antes relançar as conclusões da assembleia do Sínodo dos Bispos, de outubro do ano passado, sobre “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.
Nesta celebração de domingo participam especialmente uns 500 catecúmenos, de 47 diferentes nacionalidades, dos quatro cantos do mundo, da China e Mongólia à Rússia, do Egipto e Marrocos a Cuba. Os responsáveis do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização (que coordenaram também as iniciativas, em Roma, do Ano da Fé), ilustraram segunda-feira, em conferência de imprensa, os principais momentos que o caracterizaram e os acontecimentos desta última semana. D. Rino Fisichella (foto), presidente daquele dicastério romano, referiu os mais de oito milhões e meio de peregrinos que ao longo destes doze meses rezaram junto do túmulo de São Pedro. Um pequeno dado, apenas, da multiplicidade de iniciativas que decorreram em todo o mundo, neste Ano da Fé.
Na celebração deste próximo domingo, o Santo Padre fará a entrega simbólica da “Alegria do Evangelho” a 36 pessoas, de 17 diferentes países, representando a diversidade de situações no interior da Igreja e na sociedade: um bispo, um padre e um diácono; um religioso e uma religiosa; um seminarista e uma noviça; uma família; pessoas recentemente crismadas; catequistas; jovens; representantes de confrarias e de movimentos eclesiais; e finalmente, dois artistas (um escultor japonês e uma pintora polaca) e dois jornalistas. A um invisual, o Papa entregará a Exortação Apostólica em versão auditiva – um CD-rom.
Em Roma, nestes dias, de sublinhar a visita que o Papa fará ao Mosteiro das Monjas Camaldolesas, na colina do Aventino, na tarde de quinta-feira, 21 de novembro, Dia “Pro orantibus”, Jornada das Religiosas de Clausura. O Santo Padre deter-se-á em oração com aquelas religiosas, rezando Vésperas, que integrarão um tempo de adoração eucarística. Sábado, de tarde, na basílica de São Pedro, Papa Francisco terá um encontro com os catecúmenos, acompanhados dos respectivos catequistas. No âmbito de uma liturgia da Palavra, o Santo Padre falará do significado da vida nova em Cristo e do ser discípulo seu. Realizará também o rito de admissão ao Catecumenado de novos candidatos ao Baptismo.
Na missa de domingo, na Praça de São Pedro (esperando que não chova), participarão os Patriarcas e Arcebispos Maiores das Igrejas (católicas) de rito e tradição oriental que tomam parte esta semana, no Vaticano, na Assembleia plenária da Congregação para as Igrejas Orientais, que tem como tema “A situação dos Cristãos orientais” (tendo presentes três áreas – Médio Oriente, Europa oriental e Índia, e as respectivas comunidades da diáspora). Estes Patriarcas e Arcebispo terão um encontro com o Papa na quinta-feira de manhã.
Entretanto entrou em funções o novo Secretário de Estado, D. Pietro Parolin, ao qual um inesperado problema de saúde tinha impedido de participar, a 15 de outubro, na cerimónia da passagem de responsabilidades da parte do cardeal Tarcisio Bertone, com a participação do Papa. Operado de urgência em Pádua, D. Parolin regressou a Roma ao fim de um mês de convalescença. Fica a morar com o Papa Francisco na Casa de Santa Marta.