O Papa Francisco pediu este domingo a intercessão dos dois novos santos da Igreja Católica, São João Paulo II e São João XXIII, para o Sínodo para a Família, que decorre em Outubro.
Depois de ter recordado João XXIII, que convocou o Concílio Vaticano II, como o “Papa da docilidade ao Espírito Santo”, e João Paulo II como o “Papa da Família”, Francisco terminou a sua homilia invocando o auxílio dos dois para o Sínodo.
“Que estes dois novos santos Pastores do Povo de Deus intercedam pela Igreja, para que, durante estes dois anos de caminho sinodal, seja dócil ao Espírito Santo no serviço pastoral à família.”
Fazendo ainda uma ligação ao tema do Evangelho deste domingo, no qual Jesus aparece aos apóstolos e, perante as dúvidas de Tomé, mostra as suas chagas, o Papa continuou: “Que ambos nos ensinem a não nos escandalizarmos das chagas de Cristo, a penetrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre perdoa, porque sempre ama.”
Em ano de assembleia extraordinária de bispos, o Papa já defendeu por várias vezes a necessidade de “aprofundar a teologia da família e a pastoral que se deve implementar nas condições actuais”.
No último consistório convocado por Francisco, a 20 de Fevereiro, o Papa Francisco alertou para as dificuldades que a família enfrenta actualmente: “Hoje, a família é desprezada, é maltratada, pelo que nos é pedido para reconhecermos como é belo, verdadeiro e bom formar uma família, ser família hoje; reconhecermos como isso é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da humanidade”.
Francisco sublinhou na altura que a família é “a célula fundamental da sociedade humana”, convidando os participantes nesta reunião a ter “sempre presente a beleza da família e do matrimónio, a grandeza desta realidade humana, tão simples e ao mesmo tempo tão rica, feita de alegrias e esperanças, de fadigas e sofrimentos, como o é toda a vida”.
O Sínodo para a Família decorre entre os dias 5 e 19 de Outubro de 2014 e abordará, entre outros, temas difíceis para a Igreja como, por exemplo, o acesso aos sacramentos por parte dos divorciados em segundas uniões, a desestruturação das famílias e a nova evangelização.