O encontro do Papa Francisco com as crianças no Auditorium "Phoenix Center" de Belém, encerrou a visita do Papa na Palestina que se dirigiu depois para o heliporto da cidade de Belém, onde se despediu das autoridades palestinas com destino a Tel Aviv, tendo chegado no aeroporto Ben Gourion de Tel Aviv (a capital israeliana) às 16,30 horas locais e onde foi recebido pelo Presidente Israeliano Shimon Peres e pelo Primeiro Ministro Benjamim Nethaniau, acompanhados pelas autoridades civis e religiosas do País.
No seu discurso o Papa Francisco, após ter agradecido as autoridades israelianas, na pessoa sobretudo do Presidente Shimon Peres e do Primeiro Ministro Nethaniau, sublinhou o carácter de peregrinação da sua visita apostólica nestas terras onde aconteceram factos fundamentais que deram origem às três religiões monoteístas: o Hebraísmo, o Cristianismo e o Islão. Vinte anos das relações diplomáticas entre a Santa Sé e o Estado de Israel contribuíram para as boas e cordiais relações actualmente existentes.
Jerusalém, recordou o Santo Padre, é uma cidade com valor universal, cujo nome significa “Cidade da Paz”. Esta cidade é perturbada pelas consequências de um longo conflito que já causou tanto sofrimento. O Papa fez por conseguinte um apelo para que sejam multiplicados os esforços com vista a alcançar uma composição justa e duradoura dos conflitos, para atingir soluções équas às complexas dificuldades locais, por forma a que os israelianos e os palestinos possam viver juntos.
O Santo Padre renovou o apelo do seu predecessor Bento XVI: seja universalmente reconhecido que o Estado de Israel tem o direito de existir e de gozar de paz e segurança entre os confins internacionalmente reconhecidos. Seja igualmente reconhecido que o povo Palestino tem o direito à uma pátria soberana, a viver com dignidade e a viajar livremente. A solução dos dois Estados se torne realidade e não permaneça um mero sonho.
O Santo Padre aproveitou da ocasião para exprimir a sua consternação para com o atentado anti-semita que ocorreu neste sábado, no Museu Judaico da Bélgica, no coração de Bruxelas, e no qual três pessoas morreram, e uma ficou gravemente ferida. O Papa Francisco exprimiu a sua proximidade ao povo hebraico e apresentou as suas condolências às famílias das vítimas.
Finalmente, o Papa Francisco dirigiu ao Presidente Shimon Peres, o mesmo convite que dirigiu esta manhã ao Presidente Palestino Mahmud Abbas, pedindo, para “elevarem juntamente comigo, uma intensa oração, implorando de Deus o dom da paz. Ofereço a minha casa, no Vaticano, para hospedar este encontro de oração”.