Este ano Francisco não usou o “pálio papal” que começou a ser usado por Bento XVI, optando por utilizar um pálio igual ao dos outros arcebispos.
O Papa Francisco perguntou este domingo de manhã aos bispos do que é que têm medo e, mais especificamente, onde é que procuram refúgio dos medos que sentem.
Na missa do dia de São Pedro e de São Paulo, durante a qual o Papa impõe o pálio aos novos arcebispos, Francisco deixou a questão aos presentes: “Nós, amados Irmãos Bispos, temos medo? De que é que temos medo? E, se o temos, que refúgios procuramos, na nossa vida pastoral, para nos pormos a seguro?”
“Procuramos porventura o apoio daqueles que têm poder neste mundo? Ou deixamo-nos enganar pelo orgulho que procura compensações e agradecimentos, parecendo-nos estar seguros com isso? Onde pomos a nossa segurança?”, quis saber o Papa.
Para responder à questão Francisco recorreu precisamente ao exemplo do apóstolo São Pedro, o primeiro Papa a quem Jesus confiou a missão de sustentar a Igreja.
“O testemunho do apóstolo Pedro lembra-nos que o nosso verdadeiro refúgio é a confiança em Deus: esta afasta todo o medo e torna-nos livres de toda a escravidão e de qualquer tentação mundana.”
Esta foi a segunda vez que o Papa Francisco presidiu a uma celebração de imposição do pálio a novos arcebispos. O pálio é usado pelos arcebispos metropolitas e é uma insígnia que representa autoridade na Igreja Católica.
O Pálio é feito de lã branca e ostenta cruzes pretas. Durante o seu pontificado, Bento XVI começou a usar o que ficou conhecido como o “pálio papal”, que levava cruzes encarnadas. Francisco ainda usou este pálio durante a mesma celebração em 2013, mas este ano optou por usar o pálio idêntico aos dos restantes arcebispos católicos, com as cruzes pretas.
Já depois de concluída a missa, o Papa rezou o Ângelus, findo o qual recordou de forma especial o sofrimento do povo iraquiano: "As notícias que chegam do Iraque são infelizmente muito dolorosas. Uno-me aos bispos do País que apelam aos governantes, para que através do diálogo se possa manter a unidade nacional e evitar a guerra.
Estou próximo dos milhares de famílias, especialmente cristãs, que tiveram de deixar as suas casas e que correm grave perigo. A violência gera outra violência; o diálogo é a única via para a Paz".