O Papa reúne-se a partir desta Terça-feira, pela quinta vez, com o conselho consultivo de cardeais que o aconselha na reforma da Cúria Romana, trabalhos que, segundo o Vaticano, deverão prolongar-se até 2015.
Francisco e os oito cardeais de cinco continentes vão debater o tema até sexta-feira, em trabalhos que contam ainda com a presença do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.
O Conselho de Cardeais foi nomeado pelo Papa em abril de 2013 para o aconselharem, abrindo caminho à redação de uma nova constituição para o Vaticano.
Como consequência deste trabalho, Francisco decidiu já criar uma estrutura de coordenação para as atividades económicas e administrativas da Santa Sé e do Vaticano, sob a direção do cardeal George Pell, australiano, membro do chamado ‘C8’.
Além da estrutura económico-organizativa da Santa Sé, os encontros já abordaram a situação do Instituto para as Obras de Religião (o chamado Banco do Vaticano), tendo o Papa optado por manter a instituição financeira em funcionamento.
O Conselho de Cardeais tem como missão auxiliar o Papa no governo da Igreja e promover o aperfeiçoamento do documento que regulamenta atualmente a Cúria Romana, organismos centrais (dicastérios) da Santa Sé, a constituição 'Pastor bonus', assinada por João Paulo II a 28 de junho de 1988.
O secretário do conselho consultivo de cardeais, D. Marcello Semeraro, disse à Agência ECCLESIA que a reforma em curso deve ajudar a configurar uma Igreja missionária, “em saída”.
O bispo revelou ainda que o Papa está “muito atento” durante as reuniões de trabalho, “disposto a ouvir e pronto a dar o seu contributo, dando a conhecer o seu pensamento e exprimindo o projeto de Igreja que o anima, com grande simplicidade”.