O Papa Francisco apelou hoje no Vaticano ao diálogo inter-religioso, em particular com os muçulmanos, e lamentou as perseguições de que os cristãos são alvo neste momento.
“Desenvolver o diálogo da vida com os muçulmanos, num espírito de mútua confiança, é hoje em dia indispensável para manter um clima de coabitação pacífica, desencorajando o incremento da violência de que os cristãos são vítimas nalgumas regiões do continente” africano, disse, durante um encontro com membros da Conferência Episcopal dos Camarões, em visita à Santa Sé.
Francisco manifestou aos 31 bispos católicos o seu “encorajamento e confiança”, no “espírito de comunhão”, e recomendou-lhes que saibam sempre aliar “unidade e diversidade”.
“Para que o Evangelho toque e converta profundamente os corações”, é indispensável testemunhá-lo, permanecendo unidos no amor”, observou.
O Papa deixou um convite “a testemunhar com coragem e alegria a fé em Cristo ressuscitado”.
O discurso assinalou, por outro lado, que é preciso dar prioridade às famílias, em especial as que têm de superar as dificuldades da "pobreza, deslocamento de pessoas, falta de segurança, a tentação de regressar a práticas ancestrais incompatíveis com a fé cristã ou mesmo novos estilos de vida propostos por um mundo secularizado".
Antes deste encontro, Francisco tinha recebido a nova embaixadora da Geórgia junto da Santa Sé, Tamar Grdzelidze, para apresentação das cartas credenciais.