O Papa Francisco evocou hoje no Vaticano o 25.º aniversário da queda do Muro de Berlim, na Alemanha, elogiando o papel de São João Paulo II na reunificação da Europa.
“Há 25 anos, a 9 de novembro de 1989, caía o Muro de Berlim, que durante tanto tempo cortou em dois a cidade e foi símbolo da divisão ideológica da Europa e de todo o mundo. A queda aconteceu de repente, mas foi tornada possível pelo longo e cansativo compromisso de tantas pessoas que lutaram, rezaram e sofreram por isso, alguns até ao sacrifício da própria vida”, disse, perante dezenas de milhares de pessoas reunidas para a oração do ângelus, na Praça de São Pedro.
Francisco recordou que, neste processo, o Papa São João Paulo II (1920-2005) teve “um papel de protagonista”, uma parte do discurso sublinhada com as palmas dos presentes, incluindo vários peregrinos polacos.
“Rezemos para que com a ajuda do Senhor e a colaboração de todos os homens de boa vontade, se difunda cada vez mais uma cultura do encontro, capaz de fazer cair todos os muros que ainda dividem o mundo”, apelou.
O Papa pediu que “já não aconteça que pessoas inocentes sejam perseguidas e mesmo mortas por causa do seu credo e da sua religião”.
“Onde há um muro, os corações fecham-se. São precisas pontes, não muros”, acrescentou.
Francisco desafiou a Igreja e a humanidade a superar as barreiras da “inimizade” e “indiferença”, procurando construir “pontes de compreensão e de diálogo” para fazer de todo o mundo “uma família de povos reconciliados entre si, fraternos e solidários”:
“A Igreja é sinal e antecipação desta nova humanidade, quando vive e difunde com o seu testemunho o Evangelho, mensagem de esperança e de reconciliação para todos os homens”, indicou.
No dia em que o calendário litúrgico católico celebra a dedicação da Basílica de São João de Latrão, a catedral do Bispo de Roma, o Papa assinalou a importância desta data como símbolo do seu ministério de “unidade” e do “edifício espiritual” que é a Igreja.
“Ainda hoje a Igreja é chamada a ser no mundo a comunidade que, enraizada em Cristo por meio do batismo, professa com humildade e coragem a fé nele, testemunhando-a na caridade”, precisou.
Fonte: Agencia ecclesia