O Papa apelou no Vaticano ao fim das guerras e da “escravatura” na humanidade atual, assinalando o Dia Mundial da Paz, no início de um novo ano.
“Já não escravos, mas irmãos”: eis a mensagem deste dia, porque a guerra faz-nos sempre escravos, uma mensagem que envolve todos. Todos somos chamados a combater qualquer forma de escravatura e a construir fraternidade. Todos, cada um segundo a sua própria responsabilidade”, declarou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus.
Francisco afirmou que é a “proximidade de Deus” na vida de cada pessoa que oferece a “verdadeira paz”, um “dom divino”.
“A Paz é possível e na raiz da paz está sempre a oração. Rezemos pela paz”, pediu, a partir das mensagens de alguns dos cartazes trazidos pelos participantes no ângelus.
Simbolicamente, a oração decorreu em ligação à localidade italiana de Rovereto, onde se encontra um grande sino chamado ‘Maria Dolens’, fabricado em honra dos “caídos de todas as guerras” e benzido pelo Papa Paulo VI, em 1965.
Os presentes na Praça de São Pedro puderam ouvir o sino e o Papa Francisco deixou votos de que este gesto “seja o auspício de que nunca mais haja guerras, mas sempre um desejo e compromisso de paz e de fraternidade entre os povos”.
O pontífice argentino saudou os presentes com desejos de um “bom ano”, “feliz e sereno”.
Na sua tradicional catequese, Francisco falou do nascimento de Jesus como um ato de “libertação”, de “regeneração” da humanidade, por iniciativa de Deus.
O Papa convidou os católicos a recordar o dia do seu Batismo, para celebrar o “dom” desse Sacramento com “um dia de festa”
A intervenção evocou ainda a solenidade litúrgica de Santa Maria, Mãe de Deus.
“Peçamos-lhe que estenda sobre nós e sobre todos os dias do novo ano o manto da sua proteção materna”, declarou.
Tal como fizera na Missa do primeiro dia de 2015, Francisco convidou os presentes a saudar a Virgem Maria como “Santa Mãe de Deus”.
Após a oração do ângelus, o Papa aos ‘sternsinger’ (cantores da estrela) que na Alemanha, Áustria e Suíça passam pelas casas para “anunciar o nascimento do Senhor e recolher ofertas para as crianças necessitadas”.
“Bom ano a todos. Que seja um ano de paz no abraço da ternura do Senhor e com a proteção materna de Maria, Mãe de Deus e nossa mãe”, concluiu.