O Papa Francisco afirmou esta Segunda-Feira na homilia da missa na capela da Casa de Santa Marta que a fé "não é negociável" de acordo com as oportunidades e que são as mulheres que a transmitem.
“São as mães, a avós, que transmitem a fé. Uma coisa é transmitir a fé e outra é ensinar as coisas da fé. A fé é um dom, estudam-se as coisas da fé para entendê-la melhor mas nunca se chegará à fé com o estudo”, explicou o Papa.
O Papa comentou as leituras bíblicas da missa e, a partir de um texto da segunda carta de São Paulo a Timóteo (2Tm 1,1-8), acrescentou que a fé “é um dom do Espírito Santo”, “um presente” para além de qualquer preparação que é transmitido pelo “lindo trabalho das mães e das avós, o belo trabalho destas mulheres”.
“Pode ser também que uma doméstica, uma tia, transmitam a fé”, observou Francisco na Missa celebrada às 07h00 locais (menos uma em Lisboa).
“Por que são principalmente as mulheres a transmitir a fé?”, interrogou Francisco, respondendo de imediato: “Simplesmente porque quem nos trouxe Jesus foi uma mulher”, um caminho “escolhido” por Jesus que “quis ter uma mãe”.
Segundo o Papa, hoje deve-se pensar se as mulheres “têm a consciência” do dever de transmitir a fé.
O Papa recordou que São Paulo convidou Timóteo a custodiar a fé e a evitar “os vazios mexericos pagãos, as fofocas mundanas”, divulgou a Rádio Vaticano.
“Se não temos esse cuidado, a cada dia, de reavivar este presente de Deus a fé enfraquece, dilui e acaba por ser uma cultura ou um conhecimento”, alertou o Papa.
No fim da homilia, Francisco pediu a “graça” de uma fé sincera que “não é negociável segundo as oportunidades” e que todos os dias se procura reavivar ou pedir “ao Espírito Santo que a revive e dê um grande fruto”.