O Papa Francisco este Domingo 22 voltou a surpreender os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, distribuindo 50 mil exemplares de evangelhos de bolso, com a ajuda de 300 sem-abrigo.
“Agora repetimos um gesto que já fizemos no último ano: segundo a antiga tradição da Igreja, durante a Quaresma entrega-se o Evangelho aos que se preparam para o Batismo; da mesma maneira, eu hoje ofereço-vos a vós, que estais na praça um Evangelho de bolso”, explicou, após a recitação da oração do ângelus.
“Vai ser-vos distribuído gratuitamente por algumas pessoas sem-abrigo, que vivem em Roma. Tomai-o e levai-o convosco, para o lerem muitas vezes, todos os dias. A Palavra de Deus é luz para o nosso caminho”, acrescentou.
O Papa repetiu assim um gesto que tinha feito a 6 de abril de 2014, concretizando um apelo que renovou ao longo do seu pontificado, para que cada católico tenha no bolso ou na mala uma edição dos evangelhos para ler regularmente.
A iniciativa foi concretizada, desta feita, com a ajuda da Esmolaria Apostólica, por vontade de Francisco.
Além dos sem-abrigo, os livros foram distribuídos por seminaristas de Roma, religiosas da congregação fundada pela Madre Teresa de Calcutá e outras religiosas.
O volume editado pela Tipografia do Vaticano contém os quatro evangelhos e os Atos dos Apóstolos, abrindo com uma citação da exortação apostólica ‘A Alegria do Evangelho’, de Francisco, e uma oração do beato inglês cardeal John H. Newman.
A catequese dominical do Papa abordou o desejo “universal” de ver Jesus, “que atravessa os tempos e as culturas, um desejo presente no coração de tantas pessoas que ouviram falar de Cristo, mas não o encontraram ainda”.
“A hora da Cruz, a mais escura da história, é também a fonte da salvação para quantos acreditam nele [Jesus], observou.
Nesse sentido, Francisco declarou que a Igreja tem a oferecer três coisas a todos os que ainda hoje “querem ver Jesus”: o Evangelho, o crucificado e o testemunho de uma fé “pobre, mas sincera”, que se traduz em “gestos simples de caridade fraterna”.