Domingo, 10 de maio: Regina Coeli com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro. Uma grande multidão de fiéis saudou o Santo Padre neste VI Domingo da Páscoa em que o Evangelho segundo S. João nos apresenta o novo mandamento de Jesus: “Que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei”.

O Papa Francisco afirmou que Jesus, perante o iminente sacrifício da cruz que estava para acontecer, declara na Última Ceia, as seguintes palavras que resumem tudo aquilo que ele fez:

“Não há maior amor do que dar a vida pelos amigos. Vós sereis meus amigos se fizerdes o que vos mando.”

“Deste modo, Jesus mostra-nos o caminho para segui-Lo, o caminho do amor. O seu mandamento não é simples preceito, que permanece algo de exterior à vida. O mandamento de Cristo é novo porque Ele foi o primeiro a realizá-lo, deu-lhe carne, e assim a lei do amor foi escrita de uma vez para sempre no coração do homem. Escrita com o fogo do Espírito Santo. E com este mesmo Espírito, que Jesus nos dá, podemos caminhar também nesta estrada!”

 “O caminho de Jesus leva-nos a sair de nós mesmos para ir ter com os outros. Jesus mostrou-nos que o amor de Deus” – continuou o Santo Padre – situa-se no amor ao próximo”. As páginas do Evangelho estão cheias deste amor que “acolheu adultos e crianças, cultos e ignorantes, ricos e pobres, justos e pecadores”

”Portanto, esta Palavra do Senhor, chama-nos a querermo-nos bem uns aos outros, mesmo que nem sempre nos compreendamos, nem sempre estejamos de acordo … mas é precisamente ali que se vê o amor cristão. É um amor novo porque renovado por Jesus e pelo seu Espírito. É um amor redimido, liberto do egoísmo. Um amor que dá ao nosso coração a alegria, como diz o próprio Jesus: “Dei-vos estas coisas para que a minha alegria esteja convosco e a vossa alegria seja plena.”

O Papa Francisco recordou ainda que é pelo Batismo que somos inseridos na verdadeira Videira que é Cristo, passando da morte à vida. E são tantos os gestos que obedecem ao mandamento do Senhor: a proximidade a um idoso, a uma criança, a um doente, a uma pessoa só, ou sem casa, sem trabalho, imigrada ou refugiada. Graças à força desta Palavra de Cristo, cada um de nós pode fazer-se próximo junto dos irmãos e irmãs que encontra – disse o Santo Padre.