O Papa Francisco afirmou este Domingo que a festa do Corpo de Deus, que se celebra este domingo em muitos países, evoca uma “mensagem solidária” e não permite que se fique indiferente diante de quem “não tem pão”.
“Quem se alimenta do Pão de Cristo não pode ficar indiferente diante de quem não tem pão para cada dia”, disse o Papa na mensagem que antecede a oração dominical do Ângelus, no Vaticano, acrescentando que se trata de um “problema cada vez mais grave”
“A festa de hoje evoca esta mensagem solidária e motiva-nos a acolher o inseparável convite à conversão, ao serviço, ao amor e ao perdão. Estimula a nos tornarmos, com a vida, imitadores do que celebramos na liturgia”, sustentou o Papa na mensagem que dirigiu aos peregrinos que o ouviam na Praça de São Pedro e em todo o mundo através dos meios de comunicação social.
Para o Papa, a Eucaristia é “fonte de amor para a vida da Igreja” e tem de ser também “escola de caridade e de solidariedade.
“O Cristo, que nos alimenta com as espécies consagradas do pão e do vinho, é o mesmo que vem ao nosso encontro nos acontecimentos do quotidiano; no pobre que estende a mão, no sofredor que pede ajuda, no irmão que reivindica a nossa disponibilidade e espera o nosso acolhimento”, acrescentou o Papa.
“Que a festa do Corpo de Deus inspira e alimente sempre mais em cada um de nós o desejo e o compromisso por uma sociedade acolhedora e solidária”, desejou o Papa no encontro dominical com peregrinos, em Roma, onde agradeceu também o acolhimento durante este sábado, em Sarajevo.
Francisco disse que esteve em Sarajevo, na Bósnia-Herzegovina, “como peregrino da paz e da esperança”, numa ocasião em que decorre ainda o “processo de reconciliação”, apreciado pelo Papa por envolver “o compromisso de colaboração e de solidariedade de pessoas de várias religiões”, exortando todos a “continuar o trabalho de reconstrução espiritual e moral da sociedade”.
Francisco recordou também que na sexta-feira, dia 12 de junho, se celebra a Solenidade do Coração de Jesus e se assinala a Jornada Mundial contra o trabalho infantil.
“Espero o empenho concreto e constante da Comunidade Internacional para promover o reconhecimento efetivo dos direitos das crianças”, pediu o Papa Francisco.