O último dia da visita ao Paraguai, este domingo, vai começar numa área pobre da capital, junto da população de Bañado Norte, para rezar e encontrar-se com esta população.
Francisco preside depois à Missa no Parque de Ñu Guazú, às 10h00 locais (15h00 em Lisboa) com orações em guarani e uma estrutura especial que vai enquadrar o altar, um “retábulo de milho” que faz parte das tradições da Semana Santa em Tañarandy, localidade situada nas proximidades da cidade de Santo Inácio, uma antiga redução jesuíta do Paraguai.
“A reprodução deste particular altar, totalmente coberto por espigas e grãos de milho, além de abóboras, sementes e frutos, evoca a natureza, poucas semanas depois da publicação da Encíclica ‘Laudato Si’, dedicada à relação do homem com a Criação”, explica a Rádio Vaticano.
A estrutura vegetal com 40 metros de largura por 36 de altura, com uma cruz em cima, foi concebida pelo artista Koki Ruiz e confecionada totalmente em Santo Inácio (226 km a sul da capital), pelo que teve de ser transportada em três partes até ao Parque de Ñu Guazú, nos arredores de Assunção.
Em cada um dos lados do altar estarão ícones de São Francisco de Assis e de Santo Inácio de Loiola, em homenagem às missões franciscanas e jesuítas, as primeiras a marcar presença em grande parte do atual território paraguaio.
Após a celebração eucarística, os frutos e grãos serão doados a diversas instituições que trabalham com populações marginalizadas.
Francisco vai depois encontrar-se com os bispos do Paraguai e o último ponto do programa é uma festa com milhares de jovens, às 17h00 (22h00 em Lisboa), duas horas antes de rumar ao aeroporto internacional de Assunção, para regressar a Roma.
O pontífice argentino onde deve chegar à Itália pelas 13h45 (menos uma em Lisboa) desta segunda-feira, após um voo de mais de 12 horas.
A segunda viagem do Papa à América Latina começou no último domingo, no Equador, e prosseguiu depois na Bolívia; no total, Francisco vai percorrer 24730 quilómetros (equivalente a mais de meia volta ao mundo) em sete voos.